Apesar deste aumento de casos de infeção no país de 40 milhões de habitantes, com falta de medicamentos, médicos e hospitais há décadas, as autoridades voltaram a anunciar na noite de terça-feira um aliviar do recolher obrigatório instaurado há algumas semanas.
Com 5.663 infetados e 33 mortos nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, o número de iraquianos contaminados desde o início da pandemia no país, em fevereiro de 2020, é agora de 768.352, incluindo 13.827 mortos.
As estatísticas são divulgadas diariamente pelo ministério, que indica realizar cerca de 40.000 testes diariamente, uma taxa muito baixa num país com várias cidades de mais de dois milhões de habitantes, onde a densidade é elevada e a promiscuidade permanente.
Além da falta de equipamento médico para tratar os doentes — que geralmente preferem ter uma botija de oxigénio em casa em vez de irem para hospitais em mau estado -, o Iraque recebeu apenas 50.000 doses da vacina (da chinesa Sinopharm), na véspera da visita do Papa.
Bagdad diz ter um plano de compra a prazo de 16 milhões de doses, mas o parlamento ainda não votou o orçamento de 2021.
Entre 05 e 08 de março, na primeira visita de um Papa ao Iraque, Francisco viajou por todo o país, fazendo orações e celebrando missas no meio de centenas de fiéis e mesmo num estádio com milhares de pessoas em Erbil.
Durante as concentrações, como diariamente no Iraque, eram raras as pessoas com máscara e a introdução recente de uma multa não mudou a situação, segundo a agência France-Presse.
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