A iniciativa acentua a pressão sobre as concorrentes, nomeadamente o laboratório Pfizer, outro fabricante americano atualmente na fase 3 ativa dos ensaios nos Estados Unidos, que passa por verificar em dezenas de milhares de voluntários a eficácia e a segurança da vacina experimental.
A corrida às vacinas tornou-se muito politizada nos EUA com a aproximação da eleição presidencial de 03 de novembro. Donald Trump já prometeu na quarta-feira que haverá uma vacina autorizada até outubro, sustentando dúvidas de eventuais pressões sobre a Agência dos Medicamentos (FDA), que deverá tomar a decisão.
“Não confio em Donald Trump”, afirmou o rival democrata, Joe Biden.
Os peritos e responsáveis da administração Trump dizem que não podem prever os resultados dos ensaios em curso e que é de todo improvável ter resultados antes do fim do ano.
As doses serão muito limitadas na fase inicial, insistiram as autoridades sanitárias.
A própria Moderna aponta para resultados em novembro. Outubro é possível, mas “improvável”, disse hoje na CNBC o diretor-geral da empresa, Stéphane Bancel.
O protocolo hoje publicado, com 135 páginas e classificado como “confidencial”, fixa os parâmetros do ensaio e os critérios para dizer quando e como considerar os resultados conclusivos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 941.473 mortes e mais de 29,9 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.888 pessoas dos 66.396 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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