“No dia de ontem tivemos 27 novos casos. Na Venezuela há 70 casos devidamente diagnosticados da covid-19, todos em isolamento e atendidos”, disse o ministro à televisão estatal venezuelana.
Segundo Jorge Rodríguez há “dois casos críticos que estão hospitalizados em centros clínicos privados” no Estado de Miranda (sul e oeste de Caracas).
“Destes 70 casos confirmados, temos 15 casos recuperados, sem nenhum falecido”, frisou.
O ministro insistiu que todos os casos registados no país foram importados da Europa (Espanha e Itália), da Colômbia, do Panamá e dos Estados Unidos de América (EUA).
O governante lamentou a situação em Itália e acusou a Espanha de ter tomado medidas de isolamento social muito tarde.
“A Venezuela é o epicentro de todos os ataques, de todas as cooperações mediáticas mundiais”, disse Rodríguez, fazendo alusão a notícias que questionam o sistema de saúde venezuelano e “ataques” dos EUA.
Segundo Jorge Rodríguez, a Venezuela foi o primeiro país da América Latina em todas medidas de isolamento social para combater a pandemia do novo coronavírus, com base em parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por outro lado, precisou que 10.118.857 cidadãos participaram numa sondagem sobre sintomas da covid-19 através da plataforma Pátria (do Cartão da Pátria, promovido pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, partido do Governo).
Jorge Rodríguez anunciou que médicos integrais comunitários e médicos cubanos vão visitar casa por casa 16.366 pessoas que terão sintomas associados a doenças respiratórias.
A Venezuela, país onde vive uma numerosa comunidade portuguesa, está desde sexta-feira, em “estado de alerta”, o que permite ao executivo decretar “decisões drásticas” para combater a pandemia.
O “estado de alerta” foi decretado por 30 dias, prorrogáveis por igual período.
Os voos nacionais e internacionais estão restringidos no país.
Desde segunda-feira que os venezuelanos estão em quarentena, estando impedidos de circular livremente entre os vários estados da Venezuela.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 do que na sexta-feira) em 53.578 casos (mais 6.557, um recorde em 24 horas). Segundo as autoridades italianas, 6.062 dos infetados já estão curados.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 562 mortes (14.459 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos, tendo sido registados 3.255 mortes e 71.740 pessoas curadas.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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