Em declarações à agência Lusa, José Carlos Alexandrino disse que este material vai ser adquirido e utilizado no âmbito de uma colaboração do município, no distrito de Coimbra, com o hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD).

Esta unidade de saúde do concelho “já dispõe de alguns” destes equipamentos, mas a Câmara Municipal entendeu que devia reforçar os meios de combate ao novo coronavírus e ao tratamento dos munícipes que possam ser infetados, acrescentou.

O autarca salientou que o hospital privado da FAAD presta “um serviço público muito importante” no concelho, através de contrato com o Serviço Nacional de Saúde.

A decisão da Câmara de Oliveira do Hospital, aprovada esta semana, abrange um eventual apoio também ao Centro de Saúde, “para aquisição do material que for necessário”.

“Esperamos agilizar este processo, não vamos esperar. A contratação pública tem prazos, mas o vírus não tem prazos”, disse, frisando que importa a autarquia agir “em defesa do valor supremo da vida” das pessoas.

José Carlos Alexandrino, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, informou que nos 14 municípios do Pinhal Interior Norte, até ao momento, “não há registo de nenhum caso” de infeção por Covid-19.

Desta sub-região estatística, fazem parte os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, da CIM da Região de Leiria, bem como Arganil, Góis, Lousã, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penela, Tábua e Vila Nova de Poiares, da CIM Região de Coimbra.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira.

O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em unidades de cuidados intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais cinco do que na terça-feira.