“Tivemos um R0 (taxa de reprodução do vírus) muito superior a 1,5 em momentos diferentes durante esta pandemia e controlámos isso. Esta situação não está, portanto, fora de controlo", disse Michael Ryan em conferência de imprensa.
O especialista da OMS reforçou que não existem indícios científicos de que a nova estirpe do coronavírus identificada no Reino Unido cause uma infeção mais grave ou afete a eficácia dos testes de diagnóstico e das vacinas.
As autoridades britânicas informaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) "que não acreditam que isso terá qualquer impacto sobre a vacina", disse Maria Von Kerkhove, chefe da equipa técnica anti-covid da organização, na conferência de imprensa, em Genebra.
A especialista confirmou que a nova estirpe é mais contagiosa, o que explica que no Reino Unido a taxa de transmissibilidade do vírus (quantas pessoas são contaminadas por cada infetado) passou de 1,1 para 1,5, coincidindo com a propagação desta variante.
Além do Reino Unido e da Dinamarca, a variante do coronavírus já foi identificada em locais tão diferentes como a Bélgica, Gibraltar (território britânico situado no extremo sul de Espanha e reivindicado por Madrid), os Países Baixos, a Itália e a Austrália.
“Esta variante não se limita ao Reino Unido, já foi detetada em outros lugares do mundo, entre os quais nos Países Baixos e na Bélgica”, declarou o porta-voz da equipa técnica belga responsável pelo combate contra a covid-19, o virologista Yves van Laethem.
O virologista lembrou que esta variante do SARS-CoV-2 é conhecida "desde o mês de setembro” e que atualmente representa “60% das novas infeções no Reino Unido”.
Na sequência da presença da nova variante no Reino Unido, diversos países, dentro e fora da Europa, decidiram suspender as ligações, nomeadamente aéreas, com o Reino Unido, uma lista que tem vindo a aumentar nas últimas horas.
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