Em declarações aos jornalistas, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, recordou, repetindo um aviso feito em março, que os jovens "não são invencíveis", uma vez que podem infetar-se, morrer e contagiar outras pessoas.
"Estão também em risco, o desafio é convencê-los deste risco", afirmou, numa videoconferência de imprensa, a partir da sede da OMS, em Genebra, Suíça, salientando que alguns países têm reportado o aumento de infeções entre os jovens.
Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, todas as pessoas têm "o papel de reduzir a exposição ao vírus", não fazerem "coisas desnecessárias", e os jovens "devem liderar a mudança" de comportamentos perante a covid-19 e não desvalorizarem os seus efeitos.
Na quarta-feira, a OMS, pela voz do diretor-regional para a Europa, Hans Kluge, pediu um comportamento responsável aos jovens, que podem estar na origem do aumento de novas infeções em vários países europeus.
Hans Kluge defendeu que as autoridades de saúde de cada país devem melhorar as estratégias de comunicação para que as mensagens sobre a pandemia da covid-19 tenham eficácia entre os jovens.
Hoje, na videoconferência de imprensa, a Organização Mundial da Saúde lembrou que os jovens devem, como as demais pessoas, evitar locais de grande aglomeração, usar máscara e fazer a higiene das mãos.
A OMS anunciou a criação de um grupo de aconselhamento para o comportamento na saúde para gerir situações com as geradas pela covid-19.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 667 mil mortos e infetou mais de 17 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.727 pessoas das 50.868 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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