O grupo de peritos que aconselha o diretor geral daquela agência das Nações Unidas admite que, em caso de grande necessidade, haja um intervalo de 42 dias entre as doses da vacina, mas desaconselha que se dê apenas uma dose para conseguir que mais pessoas sejam vacinadas, sobretudo em países com uma alta taxa de infeções pelo novo coronavírus.
Embora a OMS ainda não tenha dado autorização para uso de emergência à vacina da Moderna, espera-se que a avaliação esteja concluída até ao fim de fevereiro.
Segundo o Grupo Estratégico Consultivo de Peritos (SAGE, na sigla em inglês), que se reuniu no dia 21, as pessoas que façam viagens internacionais não devem ser privilegiadas na vacinação, a não ser que estejam entre os grupos de risco mais elevado.
“No período atual, em que o fornecimento de vacinas é muito limitado, a vacinação preferencial dos viajantes internacionais iria contra o princípio da equidade”, afirmou o grupo.
“Por esta razão, e devido à falta de provas de que a vacinação reduz o risco de transmissão, a OMS não recomenda a vacinação de viajantes contra a Covid-19”, acrescentam, indicando que esta recomendação será revista à medida que aumente o fornecimento da vacina.
O painel desaconselhou que a vacina seja dada a mulheres grávidas, a não ser que os benefícios da vacinação ultrapassem os riscos potenciais, tratando-se de pessoas com outras doenças ou profissionais de saúde com alto risco de infeção.
Recomendam ainda que as pessoas com testes PCR positivos adiem a vacinação por seis meses.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 2.140.687 mortos resultantes de mais de 99,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.469 pessoas dos 636.190 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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