O PCP refere, em comunicado, que o CHS ameaça enfermeiros e outros trabalhadores da saúde do Hospital de São Bernardo com faltas injustificadas por estarem a prestar assistência aos filhos menores de 12 anos, adiantando que há vários “casos que se verificaram com famílias monoparentais, ou em que ambos os pais são enfermeiros”.

De acordo com o PCP, também há casos de trabalhadores da saúde - em que o outro progenitor também tem uma profissão essencial, - aos quais está a ser negado o direito a assegurar os cuidados aos seus filhos menores de 12 anos sob pena de terem faltas injustificadas.

“O Estado de Emergência Nacional não é carta branca para que se instale no nosso país a lei da selva”, acrescenta o comunicado do PCP de Setúbal.

Contactado pela agência Lusa, o Centro Hospitalar de Setúbal, que integra o Hospital de São Bernardo e o Hospital Ortopédico do Outão, diz não ter conhecimento de qualquer informação que confirme marcação de faltas injustificadas em situações de assistência a filhos menores e garante que tem cumprido “toda a legislação recentemente publicada no âmbito do covid-19”.

O CHS salienta ainda que “tem apoiado todos os seus enfermeiros que se encontram em situação de isolamento profilático”, incluindo as situações de dois profissionais de saúde em que, estando um deles em isolamento, o outro teve de ficar em casa a prestar assistência ao filho menor, “sem qualquer prejuízo em termos de vencimento”.

O Centro Hospitalar de Setúbal diz também que estabeleceu procedimentos de comunicação interna para, em articulação com o Serviço de Saúde Ocupacional, identificar todos os casos [de profissionais de saúde] que necessitam de isolamento profilático.

A administração do CHS refere que “não existem quaisquer registos de imposição a recurso a banco de horas, folgas ou férias, para profissionais que se encontram em isolamento decorrente da atividade que exercem”.

Portugal contabiliza 854 mortos associados à covid-19 em 22.797 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 34 mortos (+4,1%) e mais 444 casos de infeção (+2%).

Das pessoas infetadas, 1.068 estão hospitalizadas, das quais 188 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados passou de 1.201 para 1.228.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o Governo anunciou hoje a proibição de deslocações entre concelhos no fim de semana prolongado de 01 a 03 de maio.

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