Em declarações à agência Lusa, David Rodrigues, médico e vice-presidente do departamento médico da ‘startup’ fundada em 2015, revelou hoje que a plataforma surgiu da necessidade de “modernizar e dinamizar as normas publicadas pela DGS”, nem sempre “percetíveis” para os cidadãos.
Do mesmo modo, a plataforma veio colmatar a necessidade de “aumentar a autonomia da decisão do doente” ao facultar a informação necessária sobre o coronavírus e ajudar os doentes a “lidarem” com os sintomas provocados pela covid-19.
A plataforma, disponível através deste website, é gratuita e não tem restrições.
“Essencialmente, o objetivo é dar informação adequada e estimular uma autogestão dos doentes”, disse David Rodrigues, acrescentando que plataforma evidencia que “o doente é a chave na gestão da saúde”.
“Dar o conhecimento de forma fácil, simples e válida aos doentes de forma que eles resolvam autonomamente as suas doenças é fundamental. Do ponto de vista do doente dá-lhe a gestão dos seus sintomas, doenças e a confiança. A maior parte das pessoas que recorrem às urgências não tem confiança que as coisas vão correr bem. É o medo, a ansiedade e angústia”, salientou o clínico.
Lançada em janeiro, a plataforma “Covid-19: e agora?” disponibiliza informação sobre os sintomas, contactos de risco, testagem, isolamento e vacinação, tendo já registado cerca de 500 mil acessos.
“A DGS reconheceu, de facto, o valor da plataforma e que esta ia ao encontro das normas”, disse.
A ferramenta, entretanto atualizada, incorpora agora uma nova secção, intitulada “Covid-19: e depois?”, que visa facultar informação sobre a gestão dos sintomas a longo prazo.
Na plataforma, que pode ser consultada através de um telemóvel ou computador, os utilizadores encontram recomendações sobre os cuidados que devem ter após a infeção, os sintomas aos quais devem estar atentos e o que fazer se alguns dos “sinais de alarme” se verificar.
Como retomar a atividade física e que exercícios são úteis para o controlo da respiração são também outras das dicas que a plataforma faculta.
“A DGS reagiu de forma a dar resposta às queixas dos doentes que, além da fase aguda da doença, ficam com sintomas”, esclareceu o médico, acrescentando que os utilizadores procuram, sobretudo, compreender se a presença de sintomas é “normal ou não”.
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