"A nossa vontade é que agora, com as nossas equipas de rua, possamos recolher todos os sem-abrigo, ou pelo menos aqueles que quiserem - para já não os podemos obrigar -, no sentido de serem acolhidos no Joaquim Urbano", afirmou Rui Moreira, revelando, no entanto, que as instituições que fazem este trabalho estão com falta de voluntários.

Em novembro, a Câmara do Porto tinha sinalizados 560 sem-abrigo, 140 a viver na rua e 420 em alojamentos temporários, sendo que a maioria são homens entre os 45 e 64 anos e estão nestas situações há mais de um ano.

Questionado pelos jornalistas durante uma visita ao Centro de Rastreio da doença Covid-19, o autarca garantiu que "há capacidade instalada no Joaquim Urbano para aumentar a resposta" e explicou que, no respeita às refeições, as mesmas estão concentradas no Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano.

Na terça-feira, em resposta à Lusa, o município salientou que "a Câmara procurou assegurar, junto da Rede Social, que todas as instituições públicas, privadas e solidárias, incluindo as de voluntariado, elaborassem e adequassem o seu plano de contingência de forma a garantir que nenhuma pessoa até aqui beneficiária de resposta social deixasse de a ter".

Sobre as pessoas em situação de sem-abrigo, acrescenta a autarquia, é assegurado o funcionamento da rede de restaurantes, para além das outras respostas, como as cantinas sociais e a rede de voluntariado que diariamente percorre diversas zonas da cidade, podendo, numa fase posterior, conforme plano de contingência, o serviço de fornecimento de refeições da rede de restaurantes vir a adotar um modelo de ‘take away'".

A câmara recorda que para acudir a eventuais situações de quarenta destinadas a pessoas sem habitação regular, foi criada uma reserva de 10 camas, pela Misericórdia do Porto, no Centro Hospitalar do Conde Ferreira, em parceria com a autarquia e em articulação com a Segurança Social e a Autoridade de Saúde".

Esta capacidade, acrescenta, pode ser aumentada, em caso de necessidade, no Centro de Acolhimento Temporário Joaquim Urbano.

Portugal regista duas mortes de pessoas infetadas pelo novo coronavírus, de acordo com o boletim epidemiológico da pandemia da Covid-19 divulgado hoje.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira. No entanto, este número baseia-se na confirmação de três casos positivos nos Açores, mas a Autoridade de Saúde Regional, contactada pela Lusa, sublinhou serem dois os casos positivos na região e adiantou estar em contactos para se corrigir a informação avançada pela DGS, baixando assim para 641.

De acordo com a informação divulgada sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, desde 1 de janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos.

Segundo a DGS, há 351 (eram 323) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.

A região Norte é aquela que regista o maior número de casos confirmados (289), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243), da região Centro (74) e do Algarve (21).

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