“A forma como estamos a tentar gerir a pandemia de covid-19 é ter medidas locais implementadas e testes e rastreamento locais para introduzir restrições onde for necessário. Mas, como todos nós já dissemos, a última coisa que queremos é fechar as escolas. A educação é a prioridade do país e é simplesmente justiça social”, afirmou hoje aos jornalistas, após uma visita a uma escola em Londres.
As aulas nas escolas britânicas foram interrompidas para a maioria dos alunos em meados de março, quando foi introduzido um confinamento para travar a pandemia, continuando apenas abertas para os filhos de trabalhadores de serviços críticos.
Em junho voltaram algumas classes dos primeiros anos e dos finalistas do ensino primário, mas muitas escolas não o fizeram devido a dificuldades em fazer cumprir as restrições em vigor.
Hoje, o ministro da Educação, Gavin Williamson, disse existirem “poucos indícios” científicos de que o novo coronavírus é transmitido nas escolas, procurando contrariar insegurança dos pais ou de professores sobre o regresso às aulas.
O governo tem estado sob pressão para melhorar o sistema de rastreamento da doença covid-19 e para se comprometer a fechar setores como bares ou restaurantes e outras lojas não essenciais no caso de serem necessárias restrições para controlar surtos locais, protegendo o funcionamento das escolas.
As escolas vão reabrir a partir de terça-feira na Escócia, onde o ano letivo começa mais cedo, na Irlanda do Norte a partir de 24 de agosto e no País de Gales a partir de 01 de setembro.
O Reino Unido registou até agora 46.574 mortes, o número mais alto na Europa e o terceiro maior no mundo atrás dos EUA e Brasil.
Apesar de o valor estar em declínio, bem como o de pacientes hospitalizados, o número de casos tem vindo a subir nos últimos dias.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 731 mil mortos e infetou mais de 19,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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