Reino Unido

O Reino Unido registou 123 mortes da doença covid-19 nas últimas 24 horas, o dobro do dia anterior, e identificou 770 novos casos de infeção, de acordo com as autoridades de saúde britânicas.

Na terça-feira tinham sido registadas mais 53 mortes e 769 novos casos.

No total, desde o início da pandemia de covid-19 morreram 45.677 pessoas no Reino Unido entre os 297.914 casos de contágio verificados por teste, indicou a direção-geral de Saúde de Inglaterra (Public Health England).

Estes números aplicam-se apenas aos casos confirmados por teste, já que estatísticas relativas a casos cujas mortes foram atribuídas ao coronavírus na certidão de óbito ultrapassam os 55.000.

O país enfrenta uma série de surtos no país, tendo Blackburn registado 82 cases por 100.000 mil habitantes na última semana, seguido por Leicester, onde a taxa é de 66 casos por 100.000 habitantes, Oadby and Wigston (57 casos por 100.000 habitantes).

Numa tentativa de controlar a pandemia, cujo impacto coloca o Reino Unido apenas atrás dos EUA e Brasil a nível mundial, o governo britânico alargou a obrigatoriedade de uso de uso de máscaras ou proteções para a cara dos transportes públicos para lojas, supermercados, centros comerciais, postos de correio e bancos em Inglaterra a partir de hoje.

Isentos da medida ficaram os restaurantes, ginásios, bares, cabeleireiros, teatros e cinemas, mas será obrigatório para cafés e lojas que vendem comida para fora como sanduíches, a não ser que os clientes pretendam ficar no interior para consumir.

O uso de máscara nas lojas já é obrigatório na Escócia e em vários países europeus, mas o governo britânico tem hesitado em impor a sua utilização e foi acusado de ser indeciso e de dar informações contraditórias sobre a medida.

O País de Gales anunciou que as máscaras vão ser obrigatórias nos transportes públicos a partir de 27 de julho, mas não estendeu a medida aos restantes espaços fechados, enquanto que a Irlanda do Norte decidiu manter o uso opcional.

Hoje, o primeiro-ministro, Boris Johnson, admitiu que a pandemia e as restrições associadas continuem até meados de 2021 e que o país tem “tempos difíceis pela frente”.

“Acho que até o meio do próximo ano estaremos no caminho certo. Mas devemos ser claros, penso que ainda temos tempos difíceis pela frente em termos de manter esse vírus sob controlo. E tempos difíceis economicamente”, vincou

Espanha

Espanha registou 922 casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, uma ligeira baixa em relação a quinta-feira, havendo ainda mais três mortes com a doença, segundo dados do Ministério da Saúde espanhol.

O relatório divulgado hoje com a situação epidemiológica atualizou o total de pessoas infetadas desde o início da pandemia para 272.421, dos quais 922 diagnosticados no último dia.

A comunidade autónoma de Aragão é a região com mais novos casos verificados nas últimas 24 horas (298), seguida da Catalunha (133), Madrid (107) e Navarra (93).

Por outro lado, são agora 28.432 o número total de óbitos devido à pandemia, dos quais três nas últimas 24 horas e 10 nos últimos sete dias.

Os surtos de covid-19 afetam agora quase todas as comunidades autónomas espanholas, que estão a tomar medidas muito diferentes para travar a transmissão da doença: apelos à contenção dos cidadãos, proibições da vida noturna, registo de visitantes ou um regresso às fases de confinamento que havia durante o estado de emergência.

A Saúde é um setor que está descentralizado em Espanha, tendo cada uma das regiões competências para tomar decisões nesta área.

O aumento assinalável de novos casos positivos e dos surtos ativos, continua assim a forçar as autoridades sanitárias regionais a tomar medidas, sobretudo nas zonas mais afetadas, como as regiões de Aragão e da Catalunha, mas também em Múrcia e Navarra.

A maior parte dos novos contágios têm origem em reuniões familiares e na vida noturna e o Governo central afirma que a situação está controlada.

Apenas em Madrid e nas Canárias ainda não é obrigatório o uso permanente de máscaras, mesmo havendo distância social, uma medida que já é aplicada nas restantes 15 comunidades autónomas, assim como nas cidades autónomas de Melilla e Ceuta, no norte de África.

O primeiro-ministro de França, Jean Castex, recomendou hoje "veementemente" aos cidadãos deste país para evitarem viajar à Catalunha, devido aos "indícios de deterioração da situação sanitária" nessa região.

"A situação na Catalunha mostra uma degradação dos indicadores de saúde. Recomendamos vivamente aos cidadãos franceses que evitem deslocações [à Catalunha] até que a situação nesse território melhore", disse Castex.

O responsável governamental francês explicou que o seu executivo está em contacto com as autoridades espanholas e catalãs para assegurar que o fluxo de Espanha para França também é limitado.

Itália

Roma, 24 jul 2020 (Lusa) – Itália registou mais cinco mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, um dos valores mais baixos desde o início da pandemia, e confirmou 252 novos contágios, uma desaceleração face aos últimos dias, anunciou hoje o Ministério da Saúde italiano.

Com estes novos óbitos, o país totaliza 35.097 vítimas mortais desde o início da crise sanitária no país, em 21 de fevereiro, quando foi detetado o primeiro caso local da doença covid-19, indicaram as autoridades italianas.

As mesmas fontes destacaram igualmente que na região da Lombardia (norte), que continua a ser a zona do território italiano mais afetada, não foi verificado nenhum óbito associado à covid-19 nas últimas 24 horas.

No que diz respeito aos casos de infeção, e também desde o início da pandemia, Itália contabiliza, até à data, 245.338 pessoas que ficaram infetadas com o novo coronavírus.

O registo de 252 novos contágios está em linha com os dados verificados nas últimas semanas, durante as quais a curva epidemiológica em Itália tem apresentado variações muito leves.

No entanto, este número interrompe a tendência de crescimento que tem sido verificada desde a passada terça-feira e que atingiu, na quinta-feira, os 306 novos casos.

Atualmente, existem no país 12.301 casos ativos de infeção, menos 103 face ao dia anterior, dos quais a grande maioria (11.542) são doentes que estão isolados nas respetivas casas com sintomas leves ou que estão assintomáticos.

Um número total de 713 doentes está hospitalizado com diversos sintomas, incluindo 46 pessoas que se encontram em unidades de cuidados intensivos (menos três em comparação com os números de quinta-feira).

Na região de Lazio (centro), onde fica a capital Roma, as atenções continuam concentradas no foco de infeção que foi diagnosticado junto da comunidade bengali (Bangladesh).

Nas últimas horas foram diagnosticados nesta região 18 novos casos positivos, dos quais 13 são casos importados (pessoas que chegaram ao território italiano procedentes de outros países), incluindo nove pessoas que vieram do Bangladesh.

Para tentar travar eventuais casos importados, o Governo italiano continua a adicionar países à lista de zonas consideradas como de “alto risco”.

Até agora, a Itália imponha restrições à chegada a pessoas que tivessem estado nos últimos 14 dias na Sérvia, Montenegro, Kosovo, Brasil, Chile, Panamá, Peru, República Dominicana, Arménia, Bahrein, Bangladesh, Bósnia-Herzegovina, Kuwait, Macedónia do Norte, Moldávia e Omã.

Agora adicionou à lista a Roménia e a Bulgária, os primeiros países da União Europeia (UE) mas que não integram o espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação).

O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, decidiu impor uma quarentena para as pessoas que tenham estado nas últimas duas semanas nestes dois países europeus, medida que já era aplicada aos Estados que não pertencem à UE.

“O vírus não foi derrotado e continua a circular. É necessária a máxima cautela", afirmou o ministro, num comunicado.

(Notícia atualizada às 18h19)

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