Dados oficiais indicam que, no último dia, foram detetados 28.552 novos casos de covid-19, o que aumentou para 2.791.220 os infetados confirmados na Rússia desde o início da pandemia.
Em Moscovo, o principal foco de infeção do país, foram contabilizados 6.937 novos casos e 72 mortes provocadas pelo vírus Sars-CoV-2, que provoca a doença da covid-19.
O número de mortes diárias na capital russa, que acumula um quinto (20,5%) do total de mortes por covid-19 em todo o país, permanece estável há várias semanas, rondando 70 a 77 pessoas por dia.
O presidente da câmara de Moscovo, Sergei Sobianin, alertou hoje que a cidade só poderá retornar a uma vida sem restrições após a vacinação em massa da população.
A campanha de vacinação na capital começou no último dia 05, embora, por enquanto, estejam a ser apenas vacinados grupos de risco: funcionários do setor da saúde, professores e assistentes sociais, além de funcionários de secretarias municipais de atenção ao público e do setor cultural, comércio e serviços.
A partir de segunda-feira, trabalhadores da indústria, dos transportes e da imprensa poderão ser vacinados, anunciou na quinta-feira Sobianin, acrescentando que cerca de 15 mil moscovitas já foram vacinados com a vacina russa Sputnik V.
Até meados de janeiro, manter-se-ão, no entanto, restrições em Moscovo, como o confinamento de pessoas com mais de 65 anos e o teletrabalho para 30% dos empregados.
Além disso, Sobianin decretou o encerramento de espaços de lazer para crianças, a obrigação de ter aulas à distância para estudantes universitários e o encerramento de restaurantes, cafés, bares e discotecas entre as 23:00 e as 06:00.
Teatros, cinemas e salas de concertos podem vender apenas 25% da capacidade das suas instalações, e a presença de espetadores em eventos desportivos fica sujeita a uma autorização, caso a caso, das autoridades da capital.
Por enquanto, as autoridades de Moscovo descartam a imposição de restrições mais severas.
“Não acredito que até às festas de Ano Novo haja riscos suficientes para decretar encerramentos e confinamentos generalizados. A situação é analisada diariamente e veremos como se desenvolve”, disse hoje o chefe do Departamento de Comércio e Serviços da Câmara Municipal, Alexei Nemeriuk.
A Rússia é o quarto país do mundo com maior número de infeções, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil.
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