Num comunicado enviado à agência Lusa, a administração do Serviço de Ação Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SAMS) considera que “a melhor solução” foi aplicar “as novas regras de regime simplificado de ‘lay-off’ criadas pelo Governo” para fazer face à propagação da epidemia de Covid-19 em Portugal e garantir a “salvaguarda da segurança e saúde” de profissionais e doentes.

O contexto é de uma “situação limite que reduz drasticamente a atividade dos serviços clínicos”, todos fechados, mantendo-se apenas a assistência a 26 pessoas internadas no hospital do SAMS, em Lisboa.

A administração não adianta quantos médicos e outros profissionais estão ainda no hospital a garantir essa assistência mas refere que três dos clínicos que trabalhavam no SAMS e que foram infetados “estão internados e inspiram cuidados”.

“Os colaboradores do SAMS não deixarão de ter uma fonte de rendimento assegurada pelo SAMS nem perderão os seus vínculos contratuais, tal como foi insistentemente referido pelo Governo”, afirma.

A direção continua a esperar “a retoma da normalidade” o mais brevemente possível e afirma que “colocou já à disposição do Serviço Nacional de Saúde (SNS) algumas das suas instalações e equipamentos para apoiar no combate à COVID-19, como estava previsto no seu plano de contingência”.

“Alguns dos profissionais de saúde do SAMS não têm dedicação exclusiva ao SAMS, pelo que continuarão a desempenhar a sua atividade noutras instituições de saúde”, acrescentam.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul acusou hoje a administração dos serviços médicos dos bancários de ter obrigado “por incúria e irresponsabilidade” ao fecho total dos serviços, aproveitando-o para “um despedimento coletivo”.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical João Proença afirmou que a administração do Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SAMS) confirmou hoje o encerramento de todos os serviços, incluindo o hospital.

“Não respeitaram as orientações da DGS e mantiveram o hospital aberto sem dar segurança aos profissionais e aos doentes”, acusou o sindicalista, apontando que o SAMS não colocou em quarentena todas as pessoas que entraram em contacto com médicos do serviço de medicina interna que ficaram infetados no passado dia 16.

Confrontada pela Lusa com estas acusações, a administração não lhes respondeu.