O chefe do Governo disse numa conferência de imprensa ser "proporcional e responsável passar para o Plano B” perante o avanço da nova variante do vírus SARS-CoV-2, que provoca a covi-19, cujos dados mostram que o número de casos está a duplicar cada dois a três dias.
As medidas aplicam-se a Inglaterra, enquanto as regras na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, que têm sido mais apertadas, são da responsabilidade dos respetivos governos autónomos.
O Reino Unido registou 161 mortes e 51.342 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, dos quais 131 com a variante Ómicron.
Ao todo, o total de casos identificados com a nova variante do coronavírus é de 568, contra 32 há uma semana atrás, tendo Johnson confirmado esta semana existirem "indícios de que é mais transmissível” do que a variante Delta.
"Sabemos que a lógica implacável do crescimento exponencial pode levar a um grande aumento das hospitalizações e, portanto, infelizmente, das mortes”, admitiu Johnson.
O contágio de oito jogadores e cinco membros da equipa técnica do clube de futebol Tottenham, que joga na quinta-feira contra o Rennes na Liga Europa, simboliza o agravamento da situação no Reino Unido.
Porém, o deputado do Partido Conservador William Wrag avisou hoje no parlamento que a decisão de introduzir novas restrições poderia ser vista como uma “tática de diversão” para combater a polémica sobre uma alegada festa de Natal em Downing Street que terá violado as regras do confinamento da altura.
A história domina a agenda há uma semana, apesar de se referir a uma festa no ano passado, e hoje voltou a complicar-se devido à divulgação de um vídeo onde assessores do primeiro-ministro gracejam sobre uma alegada festa.
Nas redes sociais o anúncio de novas restrições está a ser descrito como “dead cat” [gato morto], o nome pelo qual é conhecida a estratégia de anunciar algo importante para tentar encobrir um assunto incómodo e controverso.
“A população britânica consegue ver a importância da informação médica que estamos a dar”, defendeu Boris Johnson.
Wragg disse também que “passes sanitários não vão aumentar a aceitação da vacina, mas criarão uma sociedade segregada”, mostrando que muitos do partido do Governo são contra esta medida.
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