Segundo Pedro Louro, coordenador da Proteção Civil de Espinho e ainda comandante dos Bombeiros Voluntários do mesmo concelho, no estabelecimento de ensino também é lecionado o 1.º Ciclo, pelo que está em causa um universo global de 500 pessoas, entre alunos, professores e auxiliares, embora só tenha sido encerrada uma sala.

Os dois casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 foram detetados após uma funcionária, que não tem sintomas, ter sido sinalizada como um contacto de risco, depois de ter contaminado um dos seus familiares.

Após confirmado esse caso, a turma com que a auxiliar trabalhava foi sujeita a testes e comprovou-se a presença do novo coronavírus também numa criança, igualmente assintomática.

"A escola continua a funcionar porque só fechámos a sala da turma em questão e a cantina, já que todo o edifício estava com circuitos de circulação separados. Hoje ao fim do dia já vamos fazer a desinfeção dos espaços do jardim-de-infância", disse à Lusa o coordenador da comissão municipal de Proteção Civil.

O número de casos confirmados poderá, contudo, "aumentar nos próximos dias". A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir a direção da escola.

Apesar da ausência de sintomas físicos por altura do inquérito epidemiológico aos suspeitos, "é provável que as 20 pessoas em isolamento venham todas a ser testadas - se é que ainda não foram", acrescentou.

Em Espinho, território com cerca de 33.000 habitantes e 21,4 quilómetros quadrados, o último balanço da autarquia indicava esta terça-feira 16 casos ativos de Covid-19, o que perfazia um total acumulado, desde o início da pandemia, de 153 infetados, cinco óbitos e 132 recuperados.