Numa missiva dirigida à ministra, Maria das Dores Meira, que é presidente da Câmara de Setúbal, pede a Marta Temido que interceda no sentido de “ajudar a resolver uma situação” que considera “de falta de respeito, de todo inaceitável, que é a ausência permanente da representação da ARSLVT (Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo) nesta Comissão Distrital”.

“Esta ausência limita a informação, assim como a latitude das decisões e da ação de resposta ao nível de todo o distrito, assim como a articulação de todos os atores que estão no terreno”, acrescenta a missiva divulgada em nota de imprensa.

Na carta, a presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal sublinha que o comportamento da representação da ARSLVT “contrasta com a posição correta e colaborativa da ARS Alentejo Litoral, assim como com a forma, a todos os títulos excecional, como o sistema de saúde está a responder nesta situação de emergência nacional a todos os portugueses, a partir da orientação, quer da administração, quer do Governo”.

Maria das Dores Meira adianta que a Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal “tem vindo a desenvolver uma notável atividade com um profundo envolvimento no combate à pandemia” do novo coronavírus, “no quadro das orientações e medidas do estado de emergência, do Plano Distrital de Emergência, bem como de todas as diretivas emanadas até ao momento pela Direção-Geral da Saúde, em articulação com todos os municípios e restantes agentes de proteção civil”.

“Este trabalho, que envolve 25 entidades da área da Proteção Civil, da segurança, da saúde, da Segurança Social, os bombeiros, os municípios e outras entidades, exige uma correta e rápida articulação de todos, ao nível da informação, da decisão e ação no terreno”, salienta ainda a presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Setúbal.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 180.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na quarta-feira (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a terça-feira (+9,5%).

Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.