Em declarações à agência Lusa pelas 15:00, o presidente do SFRCI, Luís Bravo, apontou que estão a circular “apenas 25% dos comboios urbanos e 85% dos comboios de longo curso”.
Em causa está a “questão da decisão arbitral”, que determinou a existência de serviços mínimos, e o facto de “grande parte dos comboios serem feitos por trabalhadores que não são abrangidos pelo pré-aviso de greve e pertencem ao norte de Coimbra”, acrescentou o sindicalista.
Luís Bravo precisou que, “neste momento, estão 95% das bilheteiras encerradas e 75% dos comboios paralisados nas zonas urbanas de Lisboa”.
Os trabalhadores da zona sul (de Coimbra para sul) da CP (transporte de passageiros), Medway e Takargo (transporte de mercadorias) estão em greve, numa paralisação convocada por sete sindicatos, até às 12:00 de quarta-feira.
Na CP, os trabalhadores fazem greve à prestação de todo e qualquer trabalho durante todo o seu período de trabalho entre as 12:00 de hoje e as 12:00 de quarta-feira.
Na Medway e Takargo os trabalhadores fazem greve à prestação de todo e qualquer trabalho durante todo o seu período de trabalho entre as 00:00 e as 24:00 de hoje.
Falando sobre os impactos da paralisação no transporte de mercadorias, Luís Bravo referiu que “há uma paralisação muito significativa para além dos serviços mínimos, porque inclusive os maquinistas aderiram também à greve”.
Nestas empresas, registava-se pelas 15:00 “entre 75% e 85% de paralisação”, precisou.
Segundo Luís Bravo, estes são “dados muito estáveis que mostram claramente que os trabalhadores que poderiam fazer greve estão a efetuá-la, referindo que, para o resto do dia, “tudo demonstra que vai haver a mesma adesão”.
“No fundo, [os trabalhadores] estão a cumprir com os serviços mínimos”, concluiu.
Já a CP registou 40% de supressões de comboios, até às 10:00, no âmbito da greve de 24 horas que termina às 12:00 de quarta-feira, e que deverá ter um impacto de 700 mil euros, segundo o presidente da empresa, Carlos Nogueira.
A CP prevê supressões e atrasos na circulação de comboios entre hoje e quarta-feira, em todos os serviços, à exceção dos urbanos do Porto, devido à greve de 24 horas convocada por várias organizações sindicais que arrancou às 12:00.
Apesar de o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social ter decretado a realização de serviços mínimos, a CP prevê “sérios impactos na mobilidade dos cidadãos utilizadores dos serviços”.
A arbitragem obrigatória do Conselho Económico e Social decretou na sexta-feira que “serão realizados 25% do total dos comboios habitualmente programados para os períodos de greve, tomando em consideração que no dia 13 de junho, nas linhas e Sintra, Azambuja e Cascais a programação corresponde a dia feriado”.
Cabe à CP escolher os comboios, devendo dar prioridade “às situações com maior impacto na mobilidade das pessoas, designadamente os comboios que habitualmente transportam o maior número de passageiros”.
A paralisação – a segunda este mês – está relacionada com “questão do agente único”, e, desta vez, abrange os trabalhadores com local de trabalho entre Coimbra e Vila Real de Santo António.
O mesmo modelo será utilizado para a greve de 23 e 24 de junho, entretanto anunciada, mas para os trabalhadores a Norte de Coimbra.
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