
Em nota divulgada no site, a FECTRANS informa que "na sequência da reunião de hoje e face à posição fechada do Governo/Administração da IP, as organizações sindicais decidiram reformular as formas de luta em curso, começando pelo adiamento da greve marcada para a próxima sexta feira, para o próximo dia 31 de outubro, nos mesmos moldes".
Adianta a federação dos sindicatos de transportes que "na próxima segunda feira – 15 de outubro – haverá uma reunião das organizações de trabalhadores, onde será analisada a organização da greve de dia 31 de outubro e outras acções a desenvolver".
O objetivo é "intensificar a luta em defesa da negociação de um Acordo Colectivo de Trabalho e um Regulamento de Carreiras que abranja todos os trabalhadores da IP e empresas participadas (IP-Telecom; IP-Engenharia; IP-Património)."
Os sindicatos dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) marcaram uma greve para esta sexta-feira, 12 de outubro, com o objetivo de negociar o contrato coletivo. Era expectável que o protesto causasse “fortes perturbações” na circulação de comboios. A CP previa na sequência desta paralisação supressões em todos os serviços no dia 12 de outubro. O tribunal arbitral tinha decidido que a greve desta sexta-feira não iria ter serviços mínimos, além dos obrigatórios por lei.
Os sindicatos que convocaram a greve exigem “respostas às propostas sindicais tanto da parte da empresa como do Governo” em relação à negociação do acordo coletivo, disse à data o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira, à Lusa.
“A empresa e o Governo pretendem fazer uma negociação sem a valorização salarial e profissional dos trabalhadores”, defendeu o dirigente sindical, acrescentando que, nesta altura, “há uma grande distância” entre as posições dos sindicatos e da IP para que seja possível um acordo.
Segundo José Manuel Oliveira, além dos aumentos salariais, em causa estão divergências sobre matérias como a duração do tempo de trabalho, o repouso e descanso semanal ou a regulamentação de carreiras.
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