Os cientistas homenageados são a bióloga húngara Katalin Karikó; o imunologista americano Drew Weissman; os médicos alemães Ugur Sahin e Ozlem Tureci; o biólogo canadiano Derrick Rossi; a vacinologista britânica Sarah Gilbert; e o bioquímico americano Philip Felgner.

De acordo com a fundação Princesa das Astúrias, eles contribuíram, de forma independente, para “o desenvolvimento de algumas das vacinas aprovadas até à data”.

O júri explicou que todas essas vacinas foram centradas em diferentes estratégias, que têm como “alvo comum” a “proteína S”, que está presente na superfície do vírus e facilita a sua ligação e entrada nas células.

O jurado considera que os vencedores são os protagonistas de “um dos eventos mais notáveis da história da ciência” e o seu trabalho é “um excelente exemplo da importância da ciência básica para a proteção da saúde global”.

O júri conclui que o trabalho dos sete cientistas abre “um caminho de esperança para a sua utilização contra outras doenças”.

Este foi o sétimo dos oito Prémios Princesa das Astúrias deste ano, depois de o galardão para a Comunicação e Humanidades ter sido atribuído à jornalista e escritora norte-americana Gloria Steinem, para as Artes à artista sérvia Marina Abramovic, para as Ciências Sociais ao economista indiano Amartya Sem, para o Desporto à nadadora espanhola Teresa Peralves, para as Letras ao escritor francês Emmanuel Carrère e para a Cooperação Internacional à organização Campanha para a Educação Feminina (CAMFED).

O Prémio Princesa das Astúrias para a Investigação Científica e Técnica foi atribuído em 2020 aos matemáticos Yves Meyer (francês), Ingrid Daubechies (belga e norte-americana), Terence Tao (australiano e norte-americano) e Emmanuel Candès (francês) pelas suas contribuições “pioneiras e de grande alcance às modernas teorias e técnicas de processamento de dados matemáticos e de sinais”.

Em edições anteriores, foram premiados com o mesmo galardão, entre outros, a norte-americana Joanne Chory e a argentina Sandra Myrna Díaz (2019); Svante Paabo (2018); Rainer Weiss, Kip S. Thorne, Barry C. Barish e a Colaboração Científica LIGO (2017); e Hugh Herr (2016).

Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem, em termos gerais, o “trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário” realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.

O galardão destinado à Investigação Científica e Técnica é atribuído “a trabalhos sobre a criação e desenvolvimento da investigação, descoberta e/ou invenção em matemática, astronomia e astrofísica, física, química, ciências da vida, ciências médicas, ciências da terra e do espaço e ciências tecnológicas”.

Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró — símbolo que representa o galardão -, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que, até 2019, foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.