Em declarações aos jornalistas, o superintendente Ricardo Matos esclareceu que, até 31 de outubro de 2016, relativamente ao período homólogo, houve um aumento aproximado do número de ocorrências criminais no Algarve que ronda os 4%, tendo sido registado “um ligeiro aumento” da criminalidade violenta e grave.

“São mais 120 ocorrências criminais registadas ao longo de mais de 300 dias, nas seis cidades onde estamos instalados. É um aumento ligeiro e não é expressivo”, referiu aquele responsável, à margem das comemorações do 88.º aniversário do Comando Distrital da PSP de Faro, que hoje decorreram no Teatro Municipal de Portimão.

Segundo Ricardo Matos, trata-se sobretudo de uma criminalidade “ligada à ocasião” e que não exige “novas medidas ou estratégias a implementar”, dado que essa subida da criminalidade é uma consequência natural “do aumento de pessoas” que afluíram ao Algarve durante o último ano.

“O número de crimes violentos e graves que se passam no Algarve não chega a 6%” do total da criminalidade registada na região, frisou o comandante distrital da PSP, sublinhando que o aumento da criminalidade violenta “não chega a 50 casos” nestes 300 dias, aumento “que as pessoas não notam”.

Aquele responsável assumiu que acontecem “situações preocupantes”, mas que têm logo uma “resposta imediata”, e que há certos crimes que, embora tipificados como violentos e graves, não se tratam de crimes “que tenham provocado alarme público”.

A cerimónia foi presidida pela secretária de Estado adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, que anunciou que estão a ser preparadas intervenções de reabilitação nas esquadras da PSP de Vila Real de Santo António e Lagos.

A governante adiantou, ainda, que “em breve” serão realizados contratos locais de segurança com os 16 municípios algarvios.

Em 2016, o comando de Faro da PSP resolveu mais de 15 mil ocorrências e realizou mais de 1.300 operações policiais.