"Tive oportunidade de transmitir ao senhor Presidente [da República] na segunda-feira precisamente a preocupação do CDS em relação a esse diploma, porque, no nosso entender, vai bloquear totalmente a atividade económica na cidade de Lisboa, impedindo muitos e bons projetos, também direcionados para uma habitação de um nível social mais intermédio", afirmou Assunção Cristas.
A líder do CDS-PP disse aguardar pela decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de promulgar ou não a lei, e sublinhou que "há uma desproporção nesse diploma, ataca o direito de propriedade e não trará bons resultados".
Assunção Cristas, que é vereadora em Lisboa, visitou hoje na capital uma ‘república de séniores', em que vários idosos partilham um apartamento, sob a gestão do Centro Social e Paroquial de São Jorge de Arroios, apontando-a como um exemplo de inovação.
"Para problemas novos são precisas soluções novas, como vimos aqui, que passam muito por colocar no mercado de arrendamento a preços moderados o enorme património imobiliário da Câmara Municipal de Lisboa, da Santa Casa da Misericórdia, que são os dois grandes proprietários da cidade e das zonas mais turísticas", sustentou.
Para Assunção Cristas, a Câmara de Lisboa deve igualmente "exercer mais o seu direito de preferência, que é uma ferramenta que tem para garantir que as zonas de maior pressão turística continuam a ter habitação para pessoas de um rendimento mais normal, mais acessível".
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