Após uma visita à escola, que durou quase duas horas, Assunção Cristas afirmou aos jornalistas que “é incompreensível” haver “dinheiro para tantas coisas, e bem”, como a Web Summit, e não haver vontade do Ministério da Educação de “acabar uma obra de três milhões de euros”.
“Hoje arranca a Web Summit, que passará a ter um apoio público de 11 milhões de euros por ano. Para terminar esta obra o Ministério da Educação ainda não conseguiu alocar os recursos e ter a vontade política de acabar uma obra de três milhões de euros”, afirmou Cristas, que é também vereadora do CDS na câmara de Lisboa.
O bar da escola, que tem salas de aula modernas, está instalado num contentor, com apenas cinco mesas para 1.200 alunos e onde “chove” quando “chove na rua”, na descrição de uma das funcionárias.
Aquela é uma das áreas afetadas pela falta da conclusão das obras de reabilitação da escola, feita pela Parque Escolar, no Governo do PS de José Sócrates, e que pararam “aparentemente” porque o empreiteiro abandonou a obra, na descrição de Assunção Cristas.
Uns metros ao lado, atravessando um corredor com umas dezenas de mesas onde os alunos improvisaram um refeitório, está o edifício social, inacabado, sem portas e com aspeto abandonado, próxima etapa da vista dos centristas.
É o edifício social, para onde está planeado o refeitório, uma galeria de arte, uma biblioteca, e que tem um auditório onde, segundo diretor da escola, Rui Madeira, poderiam realizar-se espetáculos e outras iniciativas culturais para a comunidade em volta.
Agora, a informação do Ministério da Educação, e da própria direção da escola, é que obra é para avançar, mas tanto Cristas como Ana Rita Bessa, a deputada que a acompanhou nesta visita, têm dúvidas dado que promessas idênticas já foram feitas e não foram cumpridas.
A líder centrista até admitiu que tenham existido atrasos nesta obra devido à crise, mas “os anos difíceis da ‘troika’ já lá vão” e já “seria expectável que a obra estivesse em curso e em acabamento”.
A escola António Arroio é “de grande dimensão, uma das maiores do país”, com mais de 1.200 alunos, e que tem uma “obra parada há sete anos, a degradar-se”, acrescentou.
Durante a visita, Assunção Cristas foi bem recebida, mas, na saída, foi identificada por alguns alunos, que a criticaram, cara a cara, por "querer privatizar as escolas" e outros gritaram-lhe insultos.
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