Esta volta a ser uma iniciativa da Porto Editora – e das suas subsidiárias em Angola e Moçambique, respetivamente, Plural Editores Angola e Plural Editores Moçambique - que tem contribuído para traçar um retrato fiel dos acontecimentos que vão marcando a vida coletiva, sublinhando a relevância das palavras e a dinâmica da língua portuguesa.

A votação ‘online’ decorrerá até às 24:00 do dia 31 de dezembro e as palavras vencedoras serão conhecidas "nos primeiros dias de janeiro de 2022". 

"Apagão", termo que que "foi usado para descrever o período em que milhões de utilizadores ficaram sem acesso às principais redes sociais, com impacto social e económico a nível mundial", abre a lista dos dez vocábulos.

Segue-se “bazuca", palavra utilizada pelo primeiro-ministro António Costa para designar o pacote de ajuda europeu destinado a fomentar a recuperação da economia, na sequência da pandemia.

Logo a seguir vem "criptomoeda". "As moedas virtuais encriptadas multiplicam-se e crescem em popularidade e valor, o que tem levado vários países a estudar mecanismos de regulamentação das mesmas", justifica a Porto Editora a escolha.

A "mobilidade" é a quarta escolha da lista anualmente elaborada. "O agravamento do trânsito automóvel (especialmente nos centros urbanos) e a preocupação com a sustentabilidade e acessibilidade dos transportes originaram múltiplos debates sobre a mobilidade", e por isso a palavra vai a votos.

"Moratória" e "orçamento" voltam a trazer a economia nacional à lista de vocábulos do ano. "Criadas pelo governo em março de 2020, as moratórias de crédito ajudaram muitas famílias e empresas afetadas pelo impacto da pandemia da COVID-19", explicam os promotores. Já a rejeição da proposta de orçamento do Estado para 2022 no Parlamento, que levou o Presidente da República a dissolver a Assembleia e a convocar eleições antecipadas, motiva a escolha da sexta palavra.

"Podcast" é a sétima palavra na lista. Para os promotores da votação, este tipo de conteúdos áudios ganhou "popularidade" entre os portugueses e "os novos conteúdos difundidos neste formato" multiplicaram-se.

Alvo de polémica nos últimos dias, logo a seguir vem "resiliência". "O impacto da pandemia na saúde, economia e bem-estar, a par das sucessivas medidas tomadas no seu combate, colocaram à prova a resiliência dos portugueses", explica a Porto Editora.

O "teletrabalho" voltou para ficar, mas será esta a palavra do ano? O "teletrabalho foi determinante para assegurar a continuidade de diversas atividades económicas no contexto pandémico" e essa é a razão da sua escolha.

E a fechar esta lista, como não podia faltar, vem "vacina". "Desenvolvidas em tempo recorde, tornaram-se a maior arma contra a COVID-19 e Portugal é um dos líderes mundiais na sua inoculação", nota o grupo editorial.

Em Moçambique, o período de sugestões está aberto até 26 de dezembro. As dez finalistas serão reveladas a 27 de dezembro e os moçambicanos podem votar na sua favorita até 31 de janeiro de 2022.

Em Angola, são candidatas a Palavra do Ano os vocábulos: “Agricultura”, “cesta básica”, “crime”, inflação”, “lixo”, “manifestação”, “privatização”, “seca, “vacina” e “zungueira”.

A Palavra do Ano de 2020 foi "saudade", que recolheu 26,8% dos mais de 40.000 votos registados. A lista das vencedoras da Palavra do Ano inclui, nas edições anteriores, "esmiuçar" (2009), "vuvuzela" (2010), "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015), "geringonça" (2016), "incêndios" (2017), "enfermeiro" (2018) e "violência [doméstica]" (2019).