Costa visitou aquela que é uma das mais antigas feiras do fumeiro portuguesas, organizada no pequeno concelho que tem nos enchidos e carne de porco bísaro certificados uma fileira geradora de seis milhões de euros anuais, com um peso económico só superado pela castanha, sendo Vinhais um dos maiores produtores nacionais do fruto seco considerado “o petróleo transmontano”.
O primeiro-ministro dirigiu-se ao presidente da Câmara, Américo Pereira, que se despede este ano do cargo por atingir o limite legal de mandatos, e elogiou “o contributo do autarca socialista para o desenvolvimento da sua terra”, que considerou “um bom sinal daquilo que é o novo papel dos autarcas”.
Um papel que, para António Costa, deve ser “o de valorizarem os seus recursos próprios, os seus produtos naturais, dinamizarem a economia do seu território”, como é o caso deste certame que conta 37 anos.
O chefe do Governo mencionou que, durante a visita que fez à feira, que decorre até domingo, em Vinhais, encontrou “pessoas vindas de todo o país”.
“Isto significa um papel novo das autarquias e demonstra bem como dar às autarquias mais meios, mais recursos e mais competências é ajudar as autarquias a contribuírem ainda mais para o desenvolvimento regional e ainda mais para o desenvolvimento do país”, defendeu.
O primeiro-ministro agradeceu “aos produtores que mostram nesta feira o melhor da produção” e realçou a importância de que “cada região valorize aquilo que é específico”.
“Temos de puxar pelo melhor de cada uma das regiões”, afirmou, insistindo que Portugal precisa cada vez de “mais produtores e mais produção”.
António Costa referiu-se ainda às dificuldades das gentes de terras como as transmontanas, onde “muitas vezes é difícil chegar aos grandes mercados”.
Ainda assim, como sublinhou “não desistem de estar na sua terra, de acreditar na sua terra, e de perceberem que é estando aqui e valorizando os seus produtos” que mais valorizam o território e mais podem contribuir para “desenvolver o conjunto do nosso país”.
“E se nós queremos todo um país mais próspero, com uma economia melhor, com a riqueza mais bem distribuída por todos, nós não podemos deixar nenhuma parcela do território nacional por desenvolver”, considerou.
Antes da intervenção do primeiro-ministro, o autarca local Américo Pereira já tinha vincado que “esta terra não é deprimida” para depois oferecer a António Costa uma samarra, o agasalho usado no campo para combater o rigoroso frio transmontano.
A Feira do Fumeiro de Vinhais decorre durante quatros dias e espera até domingo, no encerramento, a visita de cerca de 70 mil pessoas.
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