No caso do município do Porto, essa duração média foi de 23,6 minutos e, no município de Lisboa, de 26 minutos.

Os dados estão incluídos nos resultados definitivos do Inquérito à Mobilidade nas Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e de Lisboa (AML), realizado pelo INE em 2017, abrangendo cerca de 100 mil residentes, e apresentado esta tarde na cidade do Porto.

No ano passado, os residentes nas áreas metropolitanas do Porto e de Lisboa efetuaram em média 2,72 e 2,60 deslocações por dia, respetivamente, representando o trabalho o principal motivo das movimentações.

“Considerando o subconjunto de deslocações dentro do território de cada área metropolitana, constata-se que, em média, os residentes na AMP despendiam no total 66,8 minutos por dia em deslocações no território metropolitano, valor que sobe para 72,5 minutos por dia na AML”, acrescenta o INE, na informação divulgada também na sua página na internet.

Considerando todos os dias da semana, o automóvel foi utilizado em 67,6% das deslocações na AMP e 58,9% na AML, sendo a taxa de ocupação do automóvel de 1,56 pessoas na AMP e de 1,60 na AML.

A preferência pelo automóvel tinha já sido divulgada em julho, quando foram apresentados os resultados provisórios do inquérito.

As deslocações por modos suaves (pedonal ou de bicicleta) surgem como a segunda forma de locomoção mais expressiva no total das deslocações, registando um peso conjunto de 18,9% na AMP (apenas 0,4% utilizando bicicleta) e de 23,5% na AML (0,5% relativos à bicicleta).

Já os transportes públicos e/ou coletivos, como principal meio de transporte, representaram 11,1% das deslocações na AMP e 15,8% na AML.

As maiores proporções de população móvel - o conjunto de pessoas que realizaram pelo menos uma viagem com início no dia de referência do inquérito - foram identificadas, na AMP, nos municípios do Porto (85%) e Matosinhos (83%) e, na AML, nos municípios da Amadora (87,7%) e Odivelas (84,6%).

Nos dias úteis, a população móvel foi inferior na AMP (82,9%) face à AML (85,1%), sucedendo o inverso nos dias não úteis: 71,2% na AMP e 70,9% na AML.

O principal motivo das deslocações efetuadas foi o trabalho, tanto na AMP (30,3%) como na AML (30,8%), seguindo-se as compras (18,5% e 19,8%, respetivamente).

Destaca-se ainda a importância do acompanhamento de familiares (incluindo de crianças de/para a escola), que esteve na origem de 15,7% das deslocações na AMP e 15,2% na AML.

Na AMP foram realizadas cerca de 3,4 milhões de deslocações por dia, que na sua maioria (71,0%) tiveram origem e destino na área metropolitana. Na AML o número de deslocações por dia ascendeu a 5,4 milhões, 65,4% das quais dentro dos limites da própria área metropolitana.