A dupla Tó Trips e Pedro Gonçalves anunciou no dia 01 de outubro do ano passado que os Dead Combo iriam acabar, mas não sem antes se lançarem num “passeio pela [sua] história” que os vai levaria numa digressão de despedida, que começou em dezembro passado em Lisboa e deveria terminar este ano.
Alguns espetáculos já tinham sido adiados para o segundo semestre deste ano, devido à pandemia da covid-19, mas entretanto, a banda viu-se obrigada a “adiar todos os espetáculos agendados até final do próximo mês de novembro”.
“O Pedro Gonçalves iniciou um novo ciclo de tratamentos para combater a doença oncológica contra a qual luta há cerca de dois anos e, por conselho médico, vamos adiar para 2021 todos os espetáculos previstos para os próximos meses”, lê-se num comunicado, assinado pelo ‘manager’ dos Dead Combo, José Morais, publicado na página oficial da banda na rede social Facebook.
Os Dead Combo, “em consequência deste novo impedimento e do adiamento de diversos espetáculos devido à pandemia da covid-19, decidiram prolongar a ‘tour’ ‘Fim’ que, marca o final da história da banda, até final do ano de 2021″.
“Decidimos acabar, mas acabar em grande. Não é um final triste, há muita coisa para ser celebrada. De uma forma concreta, acabamos como começámos: os dois. Voltamos aos palcos com uma tour, num passeio pela nossa história”, revelaram em 01 de outubro de 2019.
A digressão de despedida começou na Galeria Zé dos Bois (ZDB), o mesmo sítio onde Pedro Gonçalves e Tó Trips se conheceram, formando pouco depois, em 2003, a identidade musical dos Dead Combo, com um contrabaixo e uma guitarra elétrica em torno de referências que vão da música portuguesa à americana, passando pela América Latina.
“Não queríamos um conjunto com bateria e cantor. Queríamos que houvesse uma identidade portuguesa. De resto não havia ambições. Estávamos um bocado cansados dos meios de onde vínhamos”, afirmaram os músicos em entrevista à Lusa em 2013, quando celebraram uma década de Dead Combo.
Entre os álbuns dos Dead Combo contam-se “vol. 1″ (2004), “Vol. 2 – Quando a alma não é pequena” (2006), “Lisboa Mulata” (2011) e “Odeon Hotel” (2018), que registam um trabalho de composição e interpretação em duo, mas também numa formação alargada, com outros músicos, nomeadamente Alexandre Frazão (bateria) e João Cabrita (sopros).
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