Os detidos, com 23 e 24 anos, entraram no navio em 8 de junho, no Porto de Izmir, na Turquia, e, desde que foram detetados, demonstraram “uma atitude não colaborante com a autoridade do navio, passando a assumir comportamentos ameaçadores contra a tripulação”, divulgou a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado.
A ação desta força policial, em coordenação com a Autoridade Marítima Nacional (AMN), decorreu “na sequência de um pedido de socorro do capitão do navio, o qual, juntamente com a restante tripulação, estavam a ser vítimas de ameaças graves contra as suas vidas e contra a segurança da embarcação”.
Em águas territoriais portuguesas, as autoridades realizaram “um vasto conjunto de atos de recolha de prova na embarcação”, que permitiu a “indiciação da prática de crimes de atentado à segurança de transporte por água, introdução ilegal em lugar vedado ao público, ameaça agravada e permanência ilegal, em território nacional”.
Estiveram envolvidos na operação de abordagem ao navio mercante “Vestwind” um navio da Marinha Portuguesa e o Grupo de Ações Táticas da Polícia Marítima, da AMN, em articulação com a Unidade Nacional Contra-Terrorismo da PJ.
Esta força policial revelou ainda que no percurso marítimo entre a Turquia e as águas territoriais portuguesas, o “comandante do navio solicitou sucessivos pedidos de apoio e assistência, para proceder ao desembarque dos dois clandestinos, diligências que, apesar de insistentes não obtiveram acolhimento, de diferentes países”.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para a aplicação de medidas de coação, tidas por conveniente, junto do Tribunal de Instrução Criminal de Faro, referiu ainda a PJ.
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