Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Cantina da Cidade Universitária, em Lisboa, a propósito da falta de contacto durante as recentes inundações e a posterior troca de palavras entre o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que recusou comentar diretamente.
“Não quero ser eu a estar propriamente a formular um juízo sobre a maneira como os responsáveis políticos em cada caso reagem”, declarou o chefe de Estado, que estava acompanhado por Carlos Moedas, na 34.ª Festa de Natal da Comunidade Vida e Paz para pessoas em situação de sem-abrigo.
Em termos gerais, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “é muito importante que as populações sintam que o poder está próximo, aqueles que estão responsabilidades estão próximos” e acrescentou que “os que têm maior responsabilidade e que têm a situação mais difícil são os autarcas, quer os presidentes de câmara, quer os responsáveis pelas freguesias”.
“Os que estão teoricamente mais distantes — eu falo pela minha maneira de fazer — devem acompanhar aquilo que se está a fazer nas autarquias, mas isso cada estilo é o seu estilo e não se repetem os estilos nem se repetem as situações”, completou.
Interrogado em seguida se o primeiro-ministro deveria ter contactado o presidente da Câmara Municipal de Lisboa durante as recentes inundações, Marcelo Rebelo de Sousa evitou uma resposta direta e referiu qual foi a sua atuação: contacto permanente com Carlos Moedas e outros autarcas e, na primeira noite de cheias na capital, deslocação conjunta ao terreno.
“Eu posso falar por mim. Fiz o que sempre fiz, e aqui fiz numa situação em que pensava que se justificava fazê-lo”, disse.
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