Numa nota sobre as prioridades para o próximo triénio divulgada na sua página na Internet, a diocese sublinha que, quanto “à questão específica que envolve as vítimas de abusos sexuais”, além da procura de formas de ir ao “encontro das vítimas”, todos têm “o dever de acolher, com generosidade, os menores e as pessoas vulneráveis e criar para eles um ambiente seguro, atendendo de maneira prioritária aos seus interesses”.
A diocese de Leiria-Fátima recebeu da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja uma lista de cinco nomes de suspeitos de abuso, um dos quais, leigo, foi dispensado de funções por precaução.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais “devem ser entendidos como a ‘ponta do iceberg’” deste fenómeno.
A comissão entregou aos bispos diocesanos listas de alegados abusadores, alguns ainda no ativo.
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