“Criaram expectativas legítimas às comunidades escolares. Era uma medida positiva para não criar alarmismo, mas até ao momento ainda não tivemos qualquer informação adicional sobre os testes rápidos”, disse o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, à Lusa no arranque do segundo período de aulas.

“Foi um anúncio vapor: Anunciou-se e evaporou-se”, lamentou.

Dois meses após a entrada em vigor da Estratégia Nacional de Testes, que prevê a realização de testes rápidos de antigénio nas escolas em caso de surto, Filinto Lima não notou alterações na testagem à infeção com o coronavírus SARS-CoV-2 em ambiente escolar.

A realização de testes rápidos está prevista desde o início de novembro na Estratégia Nacional de Testes, da Direção-Geral da Saúde.

Para Filinto Lima, a testagem é “um instrumento muito positivo, até porque acalma a população”.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tem exigido a realização de testes obrigatórios de despistagem do coronavírus que provoca a doença covid-19 nas escolas a todas as pessoas que contactaram com infetados.

Na Madeira, o governo regional anunciou na semana passada que iria testar toda a população escolar no arranque do segundo período letivo.

As escolas dos três concelhos madeirenses com "maior incidência de casos" não reabriram hoje as portas: Os alunos das escolas do Funchal, Câmara de Lobos e Ribeira Brava só irão regressar às escolas "à medida que as testagens forem sendo realizadas” e as escolas reabertas.

Segundo o governo regional, a região tem um stock de 100 mil testes antigénio, e vai utilizar parte para testar as cerca de 52 mil pessoas que compõem o universo escolar da Madeira: 42 mil alunos, seis mil professores e quatro mil funcionários não docentes.