Mais de 950 pessoas foram detidas nos últimos 24 meses, segundo dados divulgados hoje pelo secretário da Justiça, Merrick Garland, dois dias antes do segundo aniversário da invasão.
Mais de um terço já foi julgado por acusações que variam da simples invasão a sedição, sendo que 192 receberam penas de prisão, refere o procurador federal de Washington, que supervisiona esta extensa investigação, numa declaração separada.
Para Merrick Garland, o trabalho da justiça ainda não terminou e as autoridades norte-americanas continuam “determinadas em processar todos os responsáveis pelo ataque à democracia”.
A polícia federal (FBI) procura identificar 350 pessoas suspeitas de terem cometido violência no Capitólio, incluindo 250 suspeitos de ataques contra polícias, e voltou a pedir ajuda à população.
Além disso, o FBI quintuplicou a recompensa, que aumentou de 100 mil dólares (cerca de 94 mil euros) para 500 mil euros (cerca de 471 mil euros), por qualquer informação que permitisse a detenção da pessoa que instalou bombas caseiras, em 05 de janeiro de 2021, perto das sedes do Partido Republicano e Democrata.
Estes engenhos nunca explodirem e podem ter sido colocados apenas com a intenção de manter a polícia longe do Capitólio momentos antes do ataque.
“Esperamos [que esta nova recompensa] encoraje o público a olhar novamente para as fotos e vídeos do suspeito”, destacou a polícia federal em comunicado.
Nas imagens surgem um homem de difícil identificação, por estar de capuz, máscara, óculos e luvas.
Em 06 de janeiro de 2021, várias centenas de apoiantes do então Presidente Donald Trump, incentivados pelo republicano, semearam o caos e a violência no Capitólio, procurando impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais.
A justiça norte-americana tem-se concentrado em quem participou diretamente no ataque, que chocou o mundo inteiro, mas o Departamento de Justiça também está a investigar a responsabilidade de Donald Trump e dos seus familiares e equipa.
Desde que Trump anunciou a intenção de se candidatar às presidenciais de 2024, um procurador especial foi nomeado para supervisionar de forma independente as investigações que recaem sobre o magnata.
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