Em causa estão os bancos espanhóis Abanca Corporación Bancaria (presente em Portugal com a marca Abanca, depois de ter comprado a operação do Deutsche Bank), o Banco de Crédito Social Cooperativo (constituído em 2014 por 32 caixas de aforro regionais, as chamadas'cajas') e o fundo de investimento norte-americano Cerberus European Investments.
Quanto às entidades que manifestaram intenção de comprar o banco da CGD em Espanha, mas que não foram selecionadas, são a espanhola Caja Rural Castilla-La Mancha e os fundos Socrates Capital Holdings Limited e Weston Hill Asset Management.
O Governo justifica a não seleção da Caja Rural Castilla-La Mancha devido a considerar "em termos não satisfatórios "o preço indicativo oferecido, a não escolha da Socrates Capital Holdings Limited por "termos não satisfatórios do critério de ausência ou minimização de condicionantes que dificultem ou impeçam a concretização da venda direta" e, por fim, a não escolha da Weston Hill Asset Management quer por o preço não ser satisfatório quer por eventuais obstáculos que dificultam o negócio.
Contudo, apesar de não selecionadas, o Governo admite chamar alguma destas entidades à mesa das negociações "caso tal se afigure necessário para garantir a competitividade durante a segunda fase do processo ou para garantir o próprio sucesso da operação".
Depois desta decisão do Governo, a CGD irá agora fazer às três entidades escolhidas convites para apresentarem "propostas vinculativas de aquisição das ações objeto da operação de venda direta da sociedade Banco Caixa Geral".
A resolução hoje divulgada diz ainda que o Estado, através da CGD, convidou 68 investidores a apresentarem intenções de aquisição da operação do banco público em Espanha.
A redução da operação da CGD fora de Portugal, incluindo em Espanha, foi acordada em 2017 com a Comissão Europeia como contrapartida da recapitalização do banco público.
A CGD detém em Espanha uma rede comercial de 110 balcões e mais de 500 trabalhadores.
A Caixa Geral de Depósitos teve lucros 68 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, o que compara com prejuízos de 38,6 milhões de euros do mesmo período de 2017, sendo que 30 milhões de euros vieram da atividade doméstica e 38 milhões de euros da atividade internacional.
Na passada terça-feira, 12 de junho, foram conhecidas as condições que o Governo definiu para a venda, segundo um diploma publicado em Diário da República, ficando a saber-se que será dada preferência a compradores que assegurem a continuidade do relacionamento com a comunidade portuguesa ou clientes com ligações especiais a Portugal.
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