A Casa Branca anunciou esta quarta-feira que o presidente Donald Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, não vão se reunir este ano e indicou que um novo encontro deve ocorrer quando terminar a investigação sobre a suposta ingerência russa na campanha eleitoral norte-americana em 2016, que deu a vitória a Trump.

"O presidente pensa que o próximo encontro bilateral com o presidente Putin deverá ocorrer quando a caça às bruxas sobre a Rússia tiver terminado. Decidimos que ocorreria no ano que vem", afirmou John Bolton, assessor de segurança nacional do chefe de Estado republicano.

O procurador especial Robert Mueller, que investiga um possível conluio entre o Kremlin e a equipa da campanha de Trump nas eleições presidenciais de 2016, nunca comunicou uma data sobre a finalização dos trabalhos.

Recorde-se que Donald Trump e Vladimir Putin encontraram-se recentemente na Finlândia. Trump foi alvo de numerosas críticas depois dessa cimeira, ao desautorizar os relatórios dos seus serviços de informações sobre a interferência de Moscovo nas eleições presidenciais de 2016, que venceu.

O líder norte-americano corrigiu no dia seguinte as suas declarações ao assegurar que se tinha exprimido de forma incorreta e que considerava ter existido uma interferência da Rússia, como têm indicado os serviços de informações norte-americanos.

No entanto, nos dias seguintes, Trump alimentou a polémica ao anunciar a intenção de manter uma segunda reunião com o seu homólogo russo, após o “grande êxito” da cimeira em Helsínquia.

O convite de Trump abriu a possibilidade de Putin visitar Washington logo depois das eleições legislativas dos Estados Unidos, a realizar a 6 de novembro, apesar dos receios das agências de inteligência de que a Rússia interfira novamente, como alegadamente fez em 2016.