“Vamos contar todos os votos”, disse Pompeo, durante uma conferência de imprensa, garantindo que os líderes de todo o mundo estão cientes de que se trata de um “processo legal”, que “demora tempo”, referindo-se às recontagens de votos e às queixas apresentadas pelos republicanos sobre os resultados eleitorais em vários estados.

“O mundo deve estar totalmente confiante de que a transição necessária para que o Departamento de Estado esteja efetivamente operacional hoje e efetivamente operacional para o Presidente que assumirá o cargo na tarde de 20 de janeiro será uma transição bem-sucedida”, disse o chefe da diplomacia norte-americana.

Pompeo demonstrou estar em sintonia com a posição de Donald Trump, que tem utilizado a sua conta pessoal na rede social Twitter para dizer que venceu as eleições e que a candidatura de Joe Biden e os democratas estão a tentar reclamar vitória indevidamente, com recurso a “fraude eleitoral”.

“Este departamento está totalmente empenhado em garantir que as eleições em todo o mundo sejam seguras, livres e justas. Os meus agentes estão a arriscar as suas vidas para garantir que este também seja o caso”, insistiu Pompeo, dizendo ser “ridículo” assumir que a posição de Donald Trump está a prejudicar esses esforços.

Vários líderes de países aliados dos Estados Unidos, desde a França ao Reino Unido e a Alemanha, incluindo a Turquia, Arábia Saudita e até Israel, já saudaram Joe Biden pela sua eleição.

Contudo, o Presidente republicano cessante continua a recusar reconhecer a sua derrota e promete lutar na justiça para conseguir a reversão dos resultados, alegando que houve fraude eleitoral, embora não apresente evidências dessa acusação.

No campo republicano, apenas alguns senadores moderados reconhecem a vitória do democrata, com muitos outros a colocarem-se ao lado de Donald Trump e ainda outros a apenas assumirem ser necessário que o processo chegue ao seu termo, após recontagens de votos e decisões judiciais ainda em suspenso.