“Não estava de todo nos meus planos… nem agora nem nunca” uma candidatura à presidência dos centristas, afirmou João Almeida, acrescentando ser importante que, perante o resultado nas legislativas de domingo, com uma votação de 4,25%, o partido faça uma reflexão.

Horas depois de ter escrito, na sua conta do Facebook, que o CDS teve uma “derrota estrondosa”, João Almeida afirmou que este resultado “obriga a repensar a estratégia” e fazer uma “reflexão profunda sobre o futuro” do partido.

Apesar de não estar nos seus horizontes, o deputado não se exclui de uma eventual corrida, afirmou sentir-se “obrigado” a essa reflexão pessoal face ao “estado do partido” que saiu das legislativas de domingo, um resultado que ditou a demissão de Assunção Cristas e a antecipação do congresso, estatutariamente previsto para março de 2020.

Por enquanto, o tempo é de discussão e reflexão, enquanto o partido não agenda as reuniões internas para decidir o calendário para o congresso.

No passado, João Almeida já apresentou uma moção a um congresso, em 2006, após a saída de Paulo Portas e quando o líder do partido era José Ribeiro e Castro.

João Almeida, porta-voz do partido e eleito deputado por Aveiro, assinalou, hoje de madrugada, na sua conta do Facebook, que o CDS teve “uma derrota estrondosa” e que “em democracia estes resultados não acontecem por acaso”.

“É preciso não voltar a cometer os mesmos erros e encontrar o que faltou, causas e propostas que mobilizem as pessoas. Afinal, é para isso que serve um partido”, escreveu o deputado que não acompanhou a noite eleitoral na sede do largo do Caldas, com a líder, Assunção Cristas, e outros membros da direção.

Nas eleições de domingo, ganhas pelo PS com maioria relativa, os centristas obtiveram 4,25% dos votos, o grupo parlamentar passou de 18 para cinco deputados e a líder do partido demitiu-se do cargo, convocando um congresso antecipado.

Em Aveiro, o CDS perdeu um dos dois deputados que tinha nas eleições de 2015, sendo João Almeida o único eleito do partido pelo círculo.