A campanha bloquista seguiu hoje pelos carris da linha da Beira Baixa, entre a Covilhã e a Guarda, uma viagem em que o comboio chegou atrasado, mas que permitiu a Mariana Mortágua mostrar “coisas boas que foram feitas”, apesar de avisar que é “preciso fazer mais”.
“Houve um percurso de destruição da ferrovia. Esta linha da Beira Baixa esteve encerrada desde 2009, abriu e hoje presta um serviço essencial às populações e nós quisemos mostrar isso, há coisas boas em Portugal e quando há investimento nelas, o país avança”.
A líder bloquista afirmou que “quando a geringonça foi criada, em 2015, o plano de direita era de destruição da ferrovia”, um plano que “vinha de trás, de uma governação do Partido Socialista com José Sócrates”.
“E foi a partir desse compromisso, em 2015, que se recomeçaram a abrir linhas ferroviárias, a requalificar linhas ferroviárias e o país precisa disso mesmo”, enfatizou, referindo-se a uma área que é também muito querida ao líder do PS, Pedro Nuno Santos.
Para Mortágua, “a ferrovia é um bom exemplo” de que “quando há empresas públicas com capacidade, quando há vontade política é possível ter não só um serviço à população" como ter "uma indústria baseada em Portugal, com produção em Portugal, com capacidade de fornecimento e de mão-de-obra especializada em Portugal”.
No entanto, segundo a líder do BE, “falta fazer muito”, dando como exemplo a luta que os bloquistas têm acompanhado ao longo dos anos de “trabalhadores dos bares e das limpezas da CP”.
“São trabalhadores que servem um serviço essencial mas que andam de contrato precário em contrato precário e de empresa em empresa a quem não são garantidos estes direitos”, defendeu.
A fórmula é, para Mortágua, simples: “A capacidade de desenvolvimento do país, capacidade de desenvolvimento da indústria, de servir as populações, ao mesmo tempo combatendo as alterações climáticas e de dar direitos a quem trabalha nos serviços essenciais do país”.
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