São mais de 70 os legisladores que dizem terem existido conversas entre aliados dos dois ex-presidente com o objetivo de anular as eleições nos dois países.

“Como legisladores no Brasil e nos Estados Unidos, estamos unidos contra os esforços de atores autoritários e antidemocráticos da extrema-direita para derrubar resultados eleitorais legítimos e derrubar nossas democracias”, lê-se no comunicado conjunto, assinado pela deputada democrata norte-americana Ilhan Omar, a que o jornal The Guardian teve acesso, que compara o ataque de domingo nos Três Poderes no Brasil ao que aconteceu em 6 de janeiro de 2021, na Casa Branca, por apoiantes de Donald Trump.

“Não é segredo que elementos da extrema direita no Brasil e nos Estados Unidos estão a coordenar esforços”, salientaram 36 democratas americanos e 35 progressistas brasileiros.

De acordo com estes, após a vitória de Lula da Silva, nas eleições de outubro do ano passado, Eduardo Bolsonaro, filho do antigo líder brasileiro, terá viajado para a Flórida e encontrou-se com Donald Trump, que “encorajou Bolsonaro a contestar os resultados das eleições no Brasil”. “Logo após as reuniões, o partido de Bolsonaro procurou invalidar milhares de votos”, diz o comunicado.

Refira-se que Jair Bolsonaro viajou também para a Flórida antes da tomada de posse de Lula da Silva, a 1 de janeiro, e onde acabou por ser internado nesta última semana, devido a problemas abdominais, tendo recebido alta na quarta-feira.