Elon Musk vai deixar de ser presidente do conselho de administração — órgão que representa os accionistas — e mantém-se como presidente executivo, ou seja na liderança operacional da fabricante automóvel Tesla, depois de pagar uma multa de 20 milhões de dólares, a que se juntam outros 20 milhões pagos pela Tesla, numa penalização total de 40 milhões (cerca de 34,4 mil euros).

A autoridade bolsista dos EUA pediu na sexta-feira a um tribunal federal para destituir Elon Musk da presidência e gestão da Tesla, acusando-o de fraude com declarações falsas sobre a retirada da empresa da bolsa.

O regulador (SEC, na sigla em Inglês) especificou na queixa apresentada na quinta-feira que Musk garantiu falsamente, num texto colocado na rede social Twitter em 07 de agosto, que tinha financiamento para comprar as ações cotadas a 420 dólares por ação, um substancial prémio em relação à cotação da altura.

Na queixa apresentada no Tribunal do Distrito de Manhattan afirma-se que Musk não discutiu nem confirmou os termos da operação com qualquer instituição que o pudesse financiar.

A SEC solicitou também uma ordem que impeça Musk de fazer declarações falsas e enganadoras, bem como que reembolse ganhos que tenha obtido e seja ainda multado.

Em declaração emitida pela Tesla, Musk considerou a ação da SEC injustificada: “Sempre agi em função dos melhores interesses da verdade, da transparência e dos investidores. Integridade é o valor mais importante da minha vida e os factos vão mostrar que eu nunca o comprometi”.

A queixa alega que a mensagem de Musk na rede social Twitter prejudicou os investidores que compraram títulos da Tesla depois da mensagem, mas antes de ser conhecida informação fiável sobre o financiamento da operação.

O presidente da Tesla Musk, que é uma celebridade com 22 milhões de seguidores no Twitter, é visto como o líder e o cérebro por trás das operações da empresa nos carros elétricos e painéis solares.