Vladimir Putin e Wang Yi estiveram esta quarta-feira reunidos em Moscovo, concretamente no Kremlin, isto após a reunião do chefe da diplomacia chinesa com Sergey Lavrov, ministro das relações exteriores da Rússia.

Nesta reunião, Vladimir Putin começou por destacar as relações entre ambos os países, salientando estar à espera de uma visita de Xi Jinping a Moscovo.

"A cooperação entre a Rússia e a China é muito importante para a estabilização da situação internacional. Temos muito trabalho em conjunto para fazer. E, claro, estamos à espera da visita do Presidente da República Popular da China à Rússia. Entendemos que existe uma agenda política interna, mas assumimos que, resolvidas todas as questões relacionadas com essa agenda, vamos concretizar todos os nossos planos quanto a encontros pessoais, que darão um impulso adicional ao desenvolvimento das nossas relações”, declarou.

Por sua vez, Wang Yi salientou a Putin que a China não irá ceder a pressões de terceiros, no que diz respeito à sua relação com a Rússia. "Precisamos implementar ativamente os nossos esforços para responder à crise e aprofundar a nossa cooperação. Quero enfatizar que as nossas relações não sucumbem à pressão de terceiros países", afirmou o conselheiro de Xi Jinping, que horas antes tinha tido um encontro com Lavrov, onde também destacou a cooperação entre os dois países.

"As nossas relações estão a desenvolver-se de forma constante e dinâmica e, apesar da grande turbulência no cenário mundial, demonstrámos solidariedade e disposição para defender os interesses mútuos com base no direito internacional e no papel central das Nações Unidas", referiu.

Coincidências ou não, este encontro, não programado, surge 24 horas após a viagem de Joe Biden, presidente dos EUA, à Ucrânia, onde se encontrou com o homólogo Volodymyr Zelensky, e a 48 horas do aniversário da invasão russa à Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022.