“Não se trata de um comentário parcial: apenas me pergunto se os meus filhos ainda fossem pequenos, eu me orgulharia do tom desta campanha presidencial. E a resposta é ‘Não’”, disse o diplomata norte-americano, em resposta a uma pergunta da agência Lusa, no âmbito de um debate organizado pelo PS na sua sede nacional, em Lisboa, sobre as eleições presidenciais norte-americanas, que se realizam daqui a menos de um mês, a 8 de novembro.
“Considero que a troca de insultos e a ênfase em indiscrições sexuais de ambos os lados estão abaixo da dignidade do cargo de Presidente dos Estados Unidos e, por isso, penso que esta é uma campanha eleitoral aberrante, no que diz respeito ao nível do discurso a que temos assistido”, defendeu.
Para Sherman, há ainda outro problema relacionado com este: “Independentemente de quem vença as eleições, seja Donald Trump ou Hillary Clinton, será uma pessoa gravemente ferida a assumir o cargo e levará algum tempo até que essas feridas sarem”.
“E nós precisamos que os Estados Unidos sejam fortes, não só por nós, mas também pelo mundo”, concluiu Robert Sherman.
No debate, em que ainda foram abordadas as relações entre Estados Unidos e União Europeia, participaram também o professor universitário e analista de relações internacionais Carlos Gaspar e o deputado socialista Sérgio Sousa Pinto, presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas.
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