“Casei no dia 13 de maio de 2000, quando o papa João Paulo II beatificou os videntes”, contou à agência Lusa José Vale, de 40 anos, palavras que foram suficientes para se emocionar e começar a chorar.

De Paredes, José Vale fez-se acompanhar da família e disse que este é um “momento de enorme emoção”.

“Com o papa Francisco, ainda é mais emotivo”, disse, confessando uma fé enorme pela “Virgem de Fátima”, enquanto resiste às lágrimas que lhe caem pela face.

Junto às barreiras de segurança, os peregrinos aproveitaram para enviar flores para Francisco, enquanto outros milhares saudaram o papa com lenços brancos, o que habitualmente apenas acontece na missa de encerramento das peregrinações.

Susana Ferreira, de 44 anos, chegou hoje de Vila Nova de Famalicão, pela “muita fé que tem a Nossa Senhora”, mas também não conseguiu resistir às lágrimas quando o avião papal aterrou durante a tarde em Monte Real.

“Chorei. É uma coisa muito forte”, explicou a peregrina, junto à azinheira do Santuário de Fátima.

A peregrina colocou-se nesta zona para conseguir ter um bom lugar para ver o papa.

Outro peregrino, belga, declarou-se feliz por estar no Santuário e deixou um desejo na Cova da Iria: “Ele [Francisco] pode unir as nações da Europa”, disse, destacando a solidariedade que o papa demonstra pela união entre os povos.

Joaquina Abreu, de 72 anos, de Guimarães, está em Fátima para agradecer uma “graça concedida pela Virgem de Fátima”. Sempre que ali chega, a emoção arrebata-a.

“Arrepio-me e choro”, disse, fixada num dos ecrãs gigantes espalhados pelo recinto muito colorido onde se veem bandeiras de muitos países e peregrinos que se apresentam com roupa de diversa cor, de acordo com o grupo a que pertencem.

À semelhança de muitos outros fiéis, esta peregrina também saudou o papa Francisco quando este sobrevoou de helicóptero o santuário.

O papa Francisco visita hoje e sábado a Cova da Iria, no âmbito do Centenário das Aparições.

O líder da Igreja Católica vai ainda canonizar no sábado os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto.