A MSC lembrou, em comunicado, que o navio “foi apreendido pelas autoridades iranianas no dia 13 de abril no Estreito de Ormuz, quando transitava por águas internacionais” e sublinhou que os 25 tripulantes, a maioria dois quais indianos, “estão bem”.

“Também estamos a trabalhar com as autoridades iranianas para liberar a carga”, referiu a empresa, considerando que o episódio “é grave”.

“O [navio] ‘MSC Aries’ é propriedade da Fortal Shipping Inc. e foi alugado pela MSC”, detalhou no comunicado, garantindo que “continuará a prestar um serviço ininterrupto e regular” na região.

O navio, que envergava um pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), foi apreendido no sábado pela Guarda Revolucionária iraniana por estar, alegadamente, ligado ao grupo Zodiac Maritime Limited, propriedade em parte do milionário israelita Eyal Ofer.

Segundo Teerão, “o navio foi direcionado para águas territoriais iranianas devido à violação dos regulamentos marítimos internacionais”.

Portugal convocou, na terça-feira, o embaixador iraniano em Lisboa para protestar contra os recentes ataques contra Israel e exigir a “libertação imediata” do ‘MSC Aries’.

No encontro, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, insistiu na “exigência da libertação imediata do navio ‘MSC Aries’, à luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira”.

“Foi igualmente exigida a libertação da tripulação, que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado, dado não se considerarem consistentes as explicações até agora fornecidas”, acrescentou o Governo português.