José Azevedo, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros (SE), falava à Lusa no final de uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, a quem foi entregue um caderno reivindicativo, no âmbito das negociações em curso e que até agora não têm chegado a bom porto.
Segundo o dirigente de SE, os enfermeiros exigem a resolução imediata das faltas injustificadas que foram marcadas aos enfermeiros que participaram na greve que decorreu entre 11 e 15 deste mês, alegadamente por o protesto ter sido marcado de forma irregular.
O horário de 35 horas para todos os enfermeiros e o retomar das negociações do acordo coletivo foram outras das reivindicações apresentadas hoje pela Federação Nacional dos Sindicatos de Enfermeiros (FENSE), da qual faz parte o SE e o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE).
A outra exigência está relacionada com o valor do aumento, com a FENSE a exigir um valor mínimo de 400 euros “para todos os enfermeiros” e não apenas para os enfermeiros especialistas.
O Governo tinha proposto a atribuição de um subsídio imediato de 150 euros para os enfermeiros especialistas, uma medida transitória até à negociação das carreiras em 2018, a qual não foi aceite.
Para José Azevedo, nem o valor do subsídio, nem o facto de ser apenas para os enfermeiros especialistas, merece o acordo da FENSE.
Segundo o dirigente sindical, caso o governo não responda positivamente a estas reivindicações, até sexta-feira, será marcada uma nova greve de cinco dias, a partir de 16 de outubro.
“Para já avançaremos com uma greve de cinco dias, a qual poderá depois passar a tempo indeterminado”, disse.
Está marcada uma outra greve de enfermeiros, convocada por um outro sindicato (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses), para os dias 03, 04 e 05 de outubro.
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