“Vítor Cóias foi premiado por ser pioneiro na investigação e defesa das técnicas de construção que respeitam as tradições arquitetónicas do país”, considera o jurado em comunicado de imprensa.

A Medalha Richard H. Driehaus para a Preservação do Património distingue empresários, promotores, presidentes de fundações ou de outras instituições que tenham realizado “contribuições significativas para a preservação do património”, dando continuidade às tradições arquitetónicas na Península Ibérica.

Vítor Cóias, engenheiro civil formado pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa, “dedicou a sua carreira à investigação, desenvolvimento e difusão de técnicas de construção que respeitam a integridade do património e do meio ambiente”.

O galardoado tornou-se um pioneiro porque “o seu trabalho evitou a perda de um património insubstituível, que teria sido demolido e substituído por estruturas de aço e cimento”.

Segundo a organização do prémio, Cóias fez intervenções em inúmeros edifícios históricos de Lisboa, onde tem sido “um importante defensor dos sistemas estruturais históricos em madeira, resistentes aos sismos da Baixa Pombalina de Lisboa e em monumentos de destaque como o Palácio de Mateus”.

O galardão será entregue em 19 de novembro próximo na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madrid, juntamente com o Prémio Rafael Manzano de Arquitetura, concedido a Fernando Martín Sanjuan, numa cerimónia que será presidida pela vice-Presidente do Congresso de Deputados (parlamento), Ana Pastor.

A organização do prémio é da INTBAU (International Network for Traditional Building, Architecture & Urbanism), rede internacional que promove a construção, a arquitetura e o urbanismo tradicionais, e cujo patrono e fundador é o Príncipe de Gales, Carlos, o filho mais velho da rainha Elizabete II do Reino Unido.

De acordo com o comunicado de imprensa, a iniciativa de atribuir o prémio é possível graças ao apoio de Richard H. Driehaus, Charitable Lead Trust e da Fundação EKABA, e contou com a colaboração da Real Academia de Belas Artes de San Fernando (Madrid), Hispania Nostra e da Fundação Serra Henriques de Portugal.