De acordo com dados hoje divulgados pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), são residuais as vagas ainda disponíveis em Lisboa e Porto, cerca de uma dezena, com a maioria dos 5.254 lugares vagos a encontrarem-se nas instituições que o Governo pretendia beneficiar com a medida que cortou 1.100 vagas nas instituições das duas maiores cidades do país, tentando contribuir para uma maior coesão territorial, estimulando a procura de universidades e politécnicos localizados no interior do país.

A medida acabou por se traduzir numa redistribuição de vagas em instituições que não apresentavam qualquer problema ao nível de procura, nem se localizam em zonas demograficamente pressionadas, como as de Coimbra, Minho ou Aveiro.

Há 304 cursos ainda com vagas por preencher, maioritariamente nos institutos politécnicos, contra 762 já completamente cheios.

Um total de 48 cursos não tiveram qualquer candidato, os quais mantém nesta fase do concurso a quase totalidade das vagas por ocupar.

O ensino superior público ficou com 5.254 vagas por preencher no final da 2.ª fase de candidatura do concurso nacional de acesso, que este ano, à semelhança do que aconteceu na 1.ª fase, registou uma redução de candidatos.

Segundo a DGES, “para a segunda fase, o número de vagas colocadas a concurso foi de 12.457, às quais acresceram 2.149 vagas libertadas por candidatos colocados e matriculados na primeira fase que foram agora colocados na segunda fase”.

Às vagas disponíveis candidataram-se 17.109 candidatos, menos do que os 19.135 de 2017, e apenas foram colocados 9.452 estudantes.

Os resultados da 2.ª fase do concurso nacional de acesso estão desde hoje disponíveis no portal da DGES (http://www.dges.gov.pt).

A matrícula dos estudantes colocados nesta fase decorre entre 27 de setembro e 01 de outubro e cabe a cada instituição decidir se abre uma 3.ª fase de acesso com as vagas sobrantes.

As vagas disponíveis para a 3.ª fase são divulgadas a 04 de outubro no portal da DGES e a fase de candidatura decorrerá entre 04 e 08 de outubro.