Em comunicado hoje divulgado, o Ministério da Administração Interna (MAI) avança que a nova direção da Escola Nacional de Bombeiros vai ser presidida por Vítor Reis, “num momento em que se inicia o estudo do futuro modelo formativo” da ENB, no seguimento da resolução de conselho de ministros de 22 de março que procede à reforma do modelo de ensino e formação em proteção civil.

Vítor Reis desempenha, desde outubro de 2019, as funções de adjunto no gabinete da secretária de Estado da Administração Interna e, entre 2013 e 2019, foi vogal da direção da Escola Nacional de Bombeiros.

No âmbito desta reforma, o Governo criou um grupo de trabalho para reformular o modelo de organização da Escola Nacional de Bombeiros e da oferta de ensino e formação na área de proteção civil.

Segundo a resolução, o grupo de trabalho vai reformular "o modelo de governança e de organização" da ENB e da oferta de ensino e formação profissionais nas áreas dos bombeiros e da proteção civil, em articulação com a oferta de ensino superior.

O grupo de trabalho tem de apresentar até 30 de setembro, ao ministro da Administração Interna, um relatório com as conclusões dos trabalhos e a formulação de propostas específicas, nomeadamente através de projetos de diplomas legislativos ou regulamentares.

A Escola Nacional de Bombeiros é uma associação privada sem fins lucrativos e tem como associados a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e a Liga dos Bombeiros Portugueses, sendo reconhecida como autoridade pedagógica na formação técnica dos bombeiros e demais agentes de proteção e socorro.

Criada em 1995, a ENB tem desempenhado “um papel fundamental na formação e qualificação dos bombeiros portugueses e de outros agentes de proteção civil, ministrando cursos de incêndios rurais, organização e gestão de operações, emergência pré-hospitalar, salvamento e desencarceramento, acidentes com matérias perigosas”, segundo o MAI.

Além do Centro de Formação de Sintra, na sua sede, a ENB dispõe ainda do Centro de Formação Especializado em Incêndios Florestais, na Lousã, e do Centro de Formação de São João da Madeira.

A reforma do modelo de ensino e formação dos bombeiros e restantes agentes da proteção civil era uma das medidas previstas pelo Governo no âmbito da reforma anunciada em 2017, após os maiores incêndios registados em Portugal.