“O INEM deslocará a sua ambulância própria para a corporação de bombeiros voluntários do concelho de Espinho, através do estabelecimento de um protocolo de colaboração para criação de um novo Posto de Emergência Médica (PEM)”, afirma o organismo, num comunicado enviado hoje à noite à Lusa.

Dezenas de pessoas concentraram-se hoje no Hospital de Espinho em protesto contra a anunciada extinção do serviço prestado pela Ambulância de Emergência Médica (AEM) que ficou afeta ao concelho em 2007 como contrapartida pelo fecho da Urgência local.

O INEM garante que a ambulância que opera atualmente “será apenas substituída pela ambulância que o INEM colocará nos bombeiros do concelho de Espinho, num processo que ocorrerá em simultâneo”.

Na prática, sublinha, “o concelho terá sempre disponível uma ambulância do INEM, a funcionar 24 horas por dia, mas a sua operação transitará do INEM para a corporação de bombeiros do concelho, entidade com capacidade instalada e com recursos humanos com a devida formação para responder à totalidade das ocorrências no âmbito da emergência pré-hospitalar e que assim verá reforçada a sua capacidade de intervenção”.

“A garantia de prestação de socorro no concelho de Espinho passará por aumentar a capacidade de resposta dos bombeiros”, parceiros do INEM, refere o comunicado.

O instituto destaca que a constituição de Postos de Emergência Médica do INEM em corporações de bombeiros é “um recurso muito valioso na prestação de cuidados de emergência médica à população”.

Segundo o INEM, o sistema que dá resposta às necessidades dos cidadãos em casos de acidente ou doença súbita é composto por um total de 623 meios de emergência, incluindo 56 ambulâncias de emergência médica, 316 ambulâncias do INEM em corporações de bombeiros, 155 ambulâncias de corporações de bombeiros ou delegações da Cruz Vermelha Portuguesa, oito motociclos de emergência médica, 39 ambulâncias de suporte imediato de vida, 44 viaturas médicas de emergência e reanimação e cinco helicópteros de emergência médica.

Este ano, entrarão ao serviço 24 novas ambulâncias - assegurando que todos os concelhos do país tenham uma ambulância do INEM – e serão substituídas 41.

A concentração de populares, hoje à noite, pretende reivindicar a manutenção de um serviço que, a desaparecer agora, "só irá prejudicar ainda mais a população de Espinho e a das freguesias mais próximas", em concelhos vizinhos como os de Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, disse Miguel Barbosa, porta-voz do movimento "Não ao fecho da AEM de Espinho".

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