Com os termómetros a marcar 25 graus, o chefe de Estado aterrou no aeroporto internacional de Maputo às 07:25 (menos duas horas em Lisboa) num voo comercial de dez horas e meia, oriundo de Lisboa, onde estavam 10 graus.
"Está um tempo fabuloso", comentou Marcelo Rebelo de Sousa, recebido com honras militares pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique, José Pacheco.
"É muito importante estarmos cá neste momento", referiu aos jornalistas.
Marcelo destacou as "ligações de fraternidade com Moçambique, que são únicas", para sublinhar que "a presença de Portugal e o facto de o Presidente português ser o único chefe de Estado dos países membros da União Europeia" a assistir à posse de Nyusi, mostra a importância da presença.
Além de assistir à posse do Presidente moçambicano, Marcelo Rebelo de Sousa disse que terá uma "agenda cheia, mas nunca pesada", com uma deslocação à cidade da Beira, na quinta-feira, onde vai inteirar-se da intervenção portuguesa na região afetada pelo ciclone Idai em 2019, além de manter "encontros com representantes dos partidos políticos moçambicanos com assento parlamentar, com personalidades políticas, do mundo da cultura e representantes das principais comunidades religiosas ".
A vista "é especial, porque esta é a minha segunda pátria, porque já cá não venho há muito tempo", disse, realçando uma promessa feita ao Presidente Nyusi de visitar o país.
"Infelizmente não a pude concretizar. Quatro anos são muito tempo", concluiu, recordando a sua última visita.
Do aeroporto, Marcelo Rebelo de Sousa seguiu para o Hotel Polana, mantendo hoje o Presidente português sobretudo uma agenda privada.
O chefe de Estado chegou no mesmo dia em que são empossados os deputados da Assembleia da República para a IX legislatura.
O programa da visita de cinco dias a Moçambique inclui outros eventos, sobretudo de cariz cultural, e encontros com a comunidade portuguesa, terminando na sexta-feira.
Marcelo Rebelo de Sousa viaja para Portugal no sábado de manhã.
Nas eleições gerais realizadas em Moçambique, no dia 15 de outubro, Filipe Nyusi, presidente da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) - partido no poder desde a independência - foi reeleito Presidente de Moçambique, à primeira volta, com 73% dos votos, de acordo com os resultados oficiais, contestados pela oposição - Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
Na mesma ida às urnas, a Frelimo conseguiu eleger 184 dos 250 deputados, ou seja, 73,6% dos lugares do parlamento, cabendo 60 (24%) à Renamo e seis assentos (2,4%) ao MDM.
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