O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto que permitirá punir novamente a Rússia, de forma a provocar "consequências estratégicas e económicas", se Moscovo “continuar a promover uma escalada das suas ações de desestabilização internacional”, informou a Casa Branca num comunicado.

No âmbito desse decreto, o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos proibiu as instituições financeiras norte-americanas de comprar diretamente dívida emitida pela Rússia após 14 de junho.

O diploma também sanciona seis empresas de tecnologia russas acusadas de apoiar as atividades cibernética dos serviços de informações de Moscovo.
A decisão de Biden constitui uma resposta ao ataque cibernético de 2020, atribuído a Moscovo, que afetou dezenas de organizações nos EUA, através da SolarWinds, uma empresa de ‘software’ norte-americana cujo produto foi pirateado para conseguir vulnerabilidade entre os seus utilizadores, incluindo várias agências federais dos EUA.

O Governo de Joe Biden determinou ainda sanções contra 32 entidades e pessoas acusadas de tentar, em nome do Governo russo, "influenciar as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos", segundo a Casa Branca.

Em parceria com a União Europeia, Canadá, Reino Unido e Austrália, o Governo dos Estados Unidos também vai impor sanções a oito pessoas e entidades "associadas à contínua ocupação e repressão na Crimeia".

Quanto às acusações de recompensas oferecidas pela Rússia aos talibãs para atacarem soldados norte-americanos no Afeganistão, a Casa Branca não se pronunciou, de momento, dizendo que esse é um caso que está a ser gerido “por canais diplomáticos, militares e dos serviços de informações”.

As sanções hoje anunciadas pela Casa Branca acontecem num momento particularmente delicado das relações diplomáticas entre os EUA e a Rússia, agravadas por declarações recentes do Presidente Joe Biden que acusou o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de ser um "assassino".

Rússia promete resposta “inevitável” a sanções e convoca embaixador dos EUA

A Rússia prometeu hoje uma resposta “inevitável” às novas sanções decretadas pelos Estados Unidos contra o país e convocou o embaixador norte-americano em Moscovo para uma “conversação difícil”.

“Os Estados Unidos não estão preparados para aceitar a realidade objetiva de um mundo multipolar, sem hegemonia americana (…). Semelhante comportamento agressivo receberá uma forte réplica. A resposta às sanções será inevitável”, declarou a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

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